Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri condenou, na madrugada desta quarta-feira (19), os quatro acusados do homicídio de Kleber Malaquias, ocorrido em 15 de julho de 2020, no município de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió. 

As penas variam conforme a participação de cada réu no crime, e ainda cabe recurso da decisão.

Marcelo José de Souza recebeu a pena de 24 anos de reclusão em regime fechado, enquanto Fredson José dos Santos foi condenado a 30 anos de prisão. Edinaldo Estevão de Lima, por ter tido um papel considerado menor no crime, teve a pena reduzida para oito anos, a serem cumpridos em regime aberto. Já José Mário de Lima Silva recebeu uma sentença de oito anos, quatro meses e um dia, em regime semiaberto.

O julgamento, iniciado na segunda-feira (17), ouviu nove testemunhas, incluindo familiares da vítima e autoridades envolvidas na investigação.

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL), representado pelos promotores Lídia Malta Prata Lima e Thiago Riff, sustentou as qualificadoras do homicídio, reforçando a tese de execução sob encomenda e a impossibilidade de defesa da vítima.

Malaquias, ativista conhecido por denunciar políticos e fornecer informações às autoridades, foi morto a tiros no dia do seu aniversário, dentro de um bar na Mata do Rolo. Segundo o MP-AL, o crime teve motivação política e envolveu agentes e ex-agentes da segurança pública.

A sessão anterior, marcada para 2023, foi suspensa após a descoberta de uma fraude processual, na qual provas falsas foram inseridas no processo para incriminar um policial já falecido. O esquema foi revelado por uma investigação conjunta do MP-AL e da Polícia Federal.