Polícia

Serial Killer de Maceió entra para a lista dos maiores assassinos do Brasil; veja

Albino dos Santos confessou ter matado mais 8 pessoas; agora são 18 vítimas ao todo

Por Malu Arruda* 25/02/2025 15h03 - Atualizado em 25/02/2025 17h05
Serial Killer de Maceió entra para a lista dos maiores assassinos do Brasil; veja
Foto: Reprodução

A investigação dos assassinatos cometidos por Albino dos Santos chegou a 18 vítimas no total, após ele ter assumido a autoria de outros 8 assassinatos, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil de Alagoas PC-AL. 

A quantidade de vítima fez com que Albino dos Santos figure entre na mórbida lista de 5 serial killers que mais mataram em território brasileiro.

Segundo o FBI, os assassinos em série são indivíduos que matam três ou mais pessoas, em locais diferentes e com um intervalo entre os casos. Mas será que a diferença entre um serial killer e um assassino comum é só quantitativa? Não. O motivo do crime ou, mais exatamente, a falta dele é muito importante para a definição do assassino como serial. As vítimas parecem ser escolhidas ao acaso e mortas sem nenhuma razão aparente. Raramente o serial killer conhece sua vítima. Ela representa, na maioria dos casos, um símbolo. Na verdade, ele não procura uma gratificação no crime, apenas exercita seu poder e controle sobre outra pessoa, no caso a vítima

Confira a lista dos maiores serial killers do Brasil abaixo:

Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

O primeiro assassino em série da lista foi condenado por 73 mortes, mas de acordo com o próprio dizia ter assassinado mais de 100. Pedrinho Matador era natural de Santa Rita do Sapucaí (MG) e o primeiro assassinato que cometeu foi contra seu primo em um conflito por conta de um cavalo, o assassino declarou em uma reportagem:

“(…) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato”

Pedro foi condenado a quase 300 anos, entretanto ficou preso por 41 anos, entrando pela primeira vez no sistema carcerário em 1973 e saindo em 2007 mas acabou voltando em 2011 ficando até 2018 quando faleceu.

Hélio José Muniz Filho, o Helinho Justiceiro

Foto: Reprodução

Hélio José tinha um método, ele dizia que matava apenas para “limpar a cidade [de Recife]”. Acusado por matar 65 pessoas, Helinho afirmou em seu depoimento após ser preso que liderava uma gangue de “justiceiros” em Pernambuco.

O assassino que afirmava que para ele “matar era como beber água” foi preso e assassinado na prisão por 3 detentos em 1998 aos 24 anos.

Francisco das Chagas Rodrigues, o Emasculador do Maranhão

Foto: Reprodução

Francisco das Chagas, matou cerca de 42 crianças e adolescentes entre 1989 e 2003, que moravam nas periferias do Pará e do Maranhão. A brutalidade de seus crimes foi o maior choque para a população pois ele matava, mutilava e abusava sexualmente das vítimas.

Ele está preso desde 2003, com 55 anos e acumula uma pena de 115 anos.

Tiago Henrique Gomes da Rocha, o serial killer de Goiânia

Foto: Divulgação/PCGO

Tiago aterrorizou a cidade de Goiânia em 2014, ele confessou ter matado 39 pessoas, incluindo mulheres, homens e moradores de rua.

Atualmente com 36 anos, ele possui uma pena de mais de 700 anos, foi diagnosticado com Transtorno de Personalidade Antissocial após avaliação psiquiátrica, sua defesa tentou usar o laudo para reduzir as penas, mas o pedido foi negado.

Albino Santos de Lima, o serial killer de Maceió

Foto: Reprodução/Polícia Civil de Alagoas

O assassino alagoano que se diz “justiceiro” foi preso em setembro de 2024, de acordo com Albino ele cometia os assassinatos como uma forma de “punir” pessoas, ainda não foi apontado um padrão em seus crimes. A investigação ainda está em andamento, ele já confessou 18 assassinatos, até agora existem provas de que ele vêm agindo desde 2019.

Outros casos


Ex-policial militar de São Paulo, Florisvaldo de Oliveira foi responsável por pelo menos 50 mortes, conhecido como Cabo Bruno, ele não entrou na lista de assassinos em série porque recebia dinheiro de comerciantes para matar na zona sul da cidade.

Caso Albino

O serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima, confessou mais um homicídio. Com esse, o número subiu para 18. Desta vez foi o da idosa Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, assassinada na frente do neto de 10 anos. O crime contra a idosa aconteceu em 2019, na Chã da Jaqueira.

A informação da confissão de Albino foi dada pelo seu advogado Geoberto Bernado. No celular do serial killer, a polícia encontrou o nome completo da idosa e data em que cometeu o assassinato. O laudo pericial da balística também atribuiu o crime a Albino.




"Apesar da confissão, ele não se sente uma pessoa criminosa, ele se intitula um justiceiro alagoano. Todas as pessoas mortas, segundo ele, faziam mal. Já solicitei que uma junta médica avalie a sanidade mental dele. Ele disse que cometeu o crime porque estava tomado por um espírito. Imagino que ele tenha uma dupla personalidade, mas isso deve ser avaliada por um corpo médico", disse o advogado.

Logo após ao crime de Genilda, a polícia prendeu Antônio Guilherme dos Santos e outros dois irmãos dele pela morte da idosa e outros crimes foram associados a ele. Na época, o neto de Genilda reconheceu Antônio como autor dos disparos. Após a confissão de Albino e a comprovação balística feita pela Polícia Científica, Antônio foi solto.

"A defesa pede a absolvição dos réus pelos crimes, uma vez que há provas suficientes de que os crimes foram atribuídos para Albino. As investigações foram iniciadas e um retrato falado do suspeito do crime foi feito, a única testemunha ocular do crime foi o neto de 10 anos da vítima, que à época, reconheceu Antônio como o autor dos disparos", disse o advogado Arnon de Mello.

*Estágiaria sob supervisão