O resultado do laudo pericial solicitado pela Polícia Civil no apartamento da empresária Mariana Maia, que pegou fogo após uma briga com seu então namorado, o empresário Rafael Gusmão, concluiu que o incêndio foi provocado, e não derivado de causas naturais ou por alguma pane elétrica.

O laudo é assinado pelo perito criminal Victor Portela Cavalcante. Segundo o documento, não é possível identificar se as chamas foram iniciadas de forma acidental ou intencional, mas exclui-se a possibilidade de causa natural (como raios) ou fenômenos elétricos.

A perícia indicou ainda que o incêndio teve início na parte posterior da cama, no quarto que pertencia a Mariana Maia - chamado pelos peritos de quarto 02. O laudo indica que não foi detectada a presença de material inflamável no local, no entanto ele pode ter existido e sido totalmente eliminado pelas chamas.

Conforme declarações anteriores da empresária, foi na cama do quarto 02 onde estava a sua mala, o mesmo local onde a perícia confirmou que foi iniciado o incêndio - o que pode comprovar a tese de que Marcello Gusmão iniciou o fogo pela bagagem de Mariana.

Em entrevista coletiva acompanhado de seu advogado, antes de ter a prisão preventiva decretada, Marcello negou que tenha ateado fogo no apartamento. Seu advogado, Dr Welton Roberto, afirmou que não era possível condenar o empresário sem antes obter o resultado da perícia.

Marcello disse que foi ao apartamento para pegar seus objetos pessoais e que falou com o irmão de Mariana no local. “Fui ao apartamento dela pegar minhas coisas. Ao entrar no apartamento, a primeira coisa, avisei ao irmão dela. Abri a porta, falei com ele, avisei que estava pegando minhas coisas, recolhi todos os meus pertences, desci. Como vocês viram na imagem do elevador, desço calmamente, tranquilamente . Eu não tenho nada a ver com incêndio”, disse, à época.

O laudo pericial, que ficou pronto nesta sexta-feira (28), será anexado ao inquérito que está sendo conduzido pela delegada Ana Luiza Nogueira, e servirá para embasar a tese da autoridade policial, de que houve tentativa de feminicídio, violência psicológica, dano e incêndio.