Polícia

Serial killer: laudo descarta insanidade e confirma que Albino tinha consciência sobre crimes

O resultado do laudo foi apresentado durante coletiva de imprensa no início da tarde desta quinta-feira (27)

Por Eduardo Pereira*, Evandro Souza 27/03/2025 12h12 - Atualizado em 27/03/2025 12h12
Serial killer: laudo descarta insanidade e confirma que Albino tinha consciência sobre crimes
Serial Killer Albino Santos de Lima - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (21), a polícia por meio da delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da DHPP, informou o resultado do laudo que foi anexado ao processo do caso do serial killer, Albino Santos de Lima. De acordo com a delegada, o laudo foi claro ao afirmar que o réu tinha plena consciência da ilicitude de suas ações no momento em que cometeu os homicídios.

"A tese da defesa de que ele era uma pessoa doente e imputável e que deveria ser liberado do presídio. Então, o laudo foi no sentido contrário, que realmente ele tinha consciência do que estava fazendo, que era ilícito", explicou a delegada, ressaltando que, com o laudo psiquiátrico agora apresentado, a defesa perdeu a argumentação de que o réu deveria ser liberado por não ser imputável.

Na última sexta-feira (21), a defesa de Albino Santos de Lima, acusado de 18 homicídios, considerado o maior serial killer do estado de Alagoas, solicitou internação psiquiátrica. Ele afirmou que possui problemas mentais e que seu advogado tem laudos médicos que comprovariam sua condição.

Entretanto, ao ser analisado o laudo ficou claro que o réu tinha plena consciência da ilicitude de suas ações no momento em que cometeu os homicídios.

Este laudo também tem impacto em outros processos em que o réu está envolvido. Embora tenha sido solicitado especificamente para o caso de Ana Beatriz, a defesa poderá usá-lo em outras ações, uma vez que ele demonstra a responsabilidade do acusado pelos crimes que cometeu. A delegada destacou que, mesmo que o exame tivesse apontado para a inimputabilidade, a defesa já sabia que o laudo iria no sentido contrário, confirmando que o réu deveria permanecer preso.

Além disso, a delegada esclareceu que uma das motivações para cometer os crimes alegados por Albino seria que as vítimas teriam passagem pela polícia.

“Nenhuma delas envolvimento com facção com caráter de crime conforme foi dito né é de 2019-2020 tiveram algumas vítimas que realmente era envolvido com uma questão de tráfico, mas esse de 2023, 2024, não, ninguém tinha passagem, ninguém tinha um caráter de criminoso”, disse ela.

Entre as vítimas do acusado estão jovens como Ana Beatriz, Ana Clara, Emerson, Beatriz Henrique e José Hildo, todos sem antecedentes criminais. O delegado afirmou que a prisão do réu é uma medida essencial para garantir a segurança da população e evitar novas mortes. "Com sua prisão, conseguimos tirar de circulação um indivíduo extremamente perigoso", concluiu.

*Estagiário sob supervisão