O pai de Victor Bruno da Silva, de 18 anos, suspeito de agredir e abusar sexualmente de Maria Daniela Ferreira, de 19 anos, em Coité do Nóia, Alagoas, sugeriu ao pai da vítima que os dois se casassem como forma de solucionar o caso. A proposta foi feita durante uma conversa telefônica. O suspeito nega as acusações e segue foragido.

Segundo Ikei Gabriel, advogado da família da vítima, o pai de Victor afirmou acreditar na inocência do filho e mencionou que, em outra época, casos como esse seriam resolvidos por meio do casamento.

“O pai do suspeito disse que seu filho não teria culpa e, em uma dessas conversas, sugeriu ao pai da vítima que os dois fossem morar juntos, como acontecia no passado, quando um casamento era considerado a solução", afirmou o advogado.

De acordo com as investigações, Victor Bruno teria levado Maria Daniela da casa de uma amiga até uma chácara no sítio Poção, zona rural de Coité do Nóia. O local pertence à família do suspeito, que é filho de um empresário da região, proprietário de uma loja de veículos em Arapiraca.

A vítima apresenta sequelas físicas e neurológicas. O advogado informou que ela segue em tratamento e ainda não recuperou os movimentos das mãos, necessitando de auxílio para se alimentar. Exames médicos apontam inchaço e edemas no cérebro, e a previsão de recuperação é de aproximadamente dois anos.

O Ministério Público de Alagoas solicitou a prisão preventiva do suspeito. O caso segue em investigação.