Polícia

Caso Ana Beatriz: após falso testemunho da mãe, polícia faz buscas em Novo Lino e trabalha com hipótese de morte da bebê

Mobilização ocorre após o depoimento da mãe, Eduarda Silva de Oliveira, ser colocado em xeque pelas autoridades

Por Redação 14/04/2025 15h03
Caso Ana Beatriz: após falso testemunho da mãe, polícia faz buscas em Novo Lino e trabalha com hipótese de morte da bebê
Militares do Corpo de Bombeiros e cães farejadores foram mobilizados pela Secretaria de Segurança Pública - Foto: Bruno Protasio / TV Pajuçara

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Alagoas realiza, na tarde desta segunda-feira (14), uma série de diligências na cidade de Novo Lino como parte das investigações sobre o desaparecimento da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias. A ação conta com o apoio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e de outras forças estaduais de segurança. Segundo a SSP, a principal hipótese investigada neste momento é de que a criança tenha sido morta.

A mobilização ocorre após o depoimento da mãe, Eduarda Silva de Oliveira, ser colocado em xeque pelas autoridades. Inicialmente, ela afirmou que a filha havia sido levada por quatro pessoas — três homens e uma mulher — enquanto ela esperava o ônibus escolar com o filho mais velho às margens da BR-101, em Novo Lino, na sexta-feira (11). A nova versão apresentada pela jovem, no entanto, nega que o sequestro tenha ocorrido da forma descrita. A polícia não divulgou detalhes do novo relato por entender que isso pode comprometer o andamento das investigações.

As contradições no depoimento de Eduarda foram reforçadas por testemunhas ouvidas nos últimos dias. Nenhuma delas confirmou ter visto movimentações estranhas na região onde o suposto sequestro teria ocorrido. Também não há relatos sobre a presença de um veículo no local ou da mulher que teria levado a bebê dos braços da mãe.

A mudança no depoimento levantaram suspeitas de que o desaparecimento possa estar relacionado a um crime ainda mais grave. A partir disso, as equipes passaram a trabalhar com a possibilidade de que a criança tenha sido morta. Buscas foram ampliadas para áreas de mata e outras localidades do entorno de Novo Lino, com a participação de unidades especializadas da Polícia Civil, da SSP e de bombeiros.

“Foi uma situação inusitada. A mãe mudou a versão apresentada inicialmente. Infelizmente, essa nova versão não pode ser divulgada agora, porque isso atrapalharia muito o andamento das investigações”, disse o delegado Igor Diego, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DRACCO), que conduz o inquérito ao lado do delegado João Marcello.