Polícia
Acusados de assassinar jovem em 2012 vão a júri popular de 23 a 25 deste mês, em Penedo
Roberta Dias foi assassinada em 2012, os dois acusados foram pegos por meio de um áudio vazado

Nos próximos dias 23, 24 e 25 deste mês, os réus Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares irão a júri popular sob acusação do homicídio de Roberta Dias, ocorrido em 2012. O julgamento será conduzido pelo magistrado Lucas Dória, titular da 4ª Vara da Comarca de Penedo.
O juiz explicou que familiares, representantes de órgãos públicos, instituições de ensino, imprensa e a sociedade poderão acompanhar o julgamento, sendo limitada à quantidade de assentos disponíveis. A entrada no plenário será condicionada a cadastro prévio, a ser realizado presencialmente por funcionário do Judiciário no dia da sessão, a partir das 7h30.
De acordo com o juiz, não será autorizado a transmissão de sons e imagens, inclusive por meios on-line, seja por particulares ou pela imprensa. Essa medida visa preservar a integridade do julgamento e resguardar o direito à imagem dos jurados, bem como dos familiares, testemunhas e profissionais envolvidos.
Não será permitido o uso de aparelhos celulares no interior do tribunal do júri. A íntegra da sessão será registrada pelos meios oficiais do Judiciário e passará a integrar, posteriormente, os autos do processo.
O caso
Roberta Dias, desaparecida em abril de 2012, sofreu reviravolta em maio de 2018, quando um áudio mostrando o diálogo de duas pessoas vazou. Na gravação, que chegou a ser periciada pela Polícia Federal, Karlo Bruno confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença do namorado e pai do filho que a jovem esperava.
Após análise do áudio, o Ministério Público de Alagoas concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”.
A avó do filho da jovem e Karlo Bruno foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
A ossada de Roberta só foi encontrada nove anos depois do crime, no Pontal do Peba, na cidade de Piaçabuçu. Ela foi sepultada em novembro de 2011.
*Com agências
