O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro profissional do médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa, condenado por estuprar pacientes em Passo de Camaragibe, interior de Alagoas. A decisão foi tomada na quarta-feira (16) e confirma a punição anteriormente imposta pelo Conselho Regional de Medicina do estado.

Pedrosa estava afastado das atividades médicas desde 2019, ano em que foi condenado a mais de nove anos de prisão por abusos sexuais cometidos contra mulheres atendidas por ele em um posto de saúde do povoado Marceneiro. Os crimes ocorreram entre 2014 e 2019, segundo denúncias apresentadas pelo Ministério Público de Alagoas em 2015 e 2019.

De acordo com os relatos, as vítimas eram despidas durante consultas, mesmo sem apresentar queixas ginecológicas, e os abusos ocorriam com o uso de luvas. Ainda que afastado das funções médicas, Pedrosa retornou ao quadro de docentes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 2022. Ele ainda respondia a um processo administrativo interno na instituição.

O relator do caso no CFM, conselheiro Francisco Eduardo Cardoso Alves, votou pela manutenção da cassação. O recurso apresentado pela defesa foi negado, encerrando o trâmite do caso na esfera ética e profissional.

Com agências.