Polícia

Empresária alagoana denuncia ex-marido por violência doméstica; polícia abre investigação

Após 16 anos de relacionamento abusivo, vítima revela agressões físicas, psicológicas e patrimoniais; caso será apurado pela Polícia Civil de Alagoas

Por Redação* 23/04/2025 18h06
Empresária alagoana denuncia ex-marido por violência doméstica; polícia abre investigação
Empresária publicou dois vídeos em seu perfil no Instagram detalhando os episódios de violência - Foto: Reprodução

A empresária alagoana Giuliana Omena, de 33 anos, denunciou o ex-marido por diversos tipos de violência doméstica, incluindo agressões físicas, psicológicas e patrimoniais. A denúncia, feita publicamente nas redes sociais nesta terça-feira (22), está sendo investigada pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). 

Segundo a delegada Ana Luiza Nogueira, responsável pelo caso, Giuliana já retornou ao país e será ouvida oficialmente nos próximos dias. “Estamos buscando provas que fortaleçam o inquérito e viabilizem uma responsabilização penal no Judiciário”, afirmou. 

Em vídeos publicados nas redes, Giuliana relatou ter vivido um relacionamento abusivo por 16 anos, marcado por episódios de controle financeiro, humilhações, manipulação e violência velada. Ela contou que o ex-marido, identificado como Igor, chegou a atirar um celular contra seu rosto, tentou deslegitimar suas denúncias com alegações de instabilidade mental e controlava as finanças da loja de roupas da qual ambos eram sócios. 



A advogada da empresária, Amanda Montenegro, afirma que Giuliana não tinha acesso às contas da loja nem autorização para movimentar recursos. “Era um controle financeiro absoluto, típico de violência patrimonial”, destacou. 

Outro episódio grave relatado por Giuliana aconteceu em dezembro de 2024, quando o ex-marido teria quebrado seu escritório durante uma crise de fúria, na presença de funcionários e clientes. Segundo ela, a gerente da loja — parente do agressor — tentou encobrir o fato, dizendo que se tratava de uma obra. 

A empresária também afirma que o ex-companheiro teria tentado interná-la à força, apresentando um laudo psicológico supostamente falso e articulando com uma amiga em comum para obter a internação involuntária. 

Com agências.