Polícia

PC investiga execução de amigas em AL; tráfico de drogas pode estar por trás dos crimes

Vitória e Micaela estavam desaparecidas desde o dia 16; corpos foram achados com marcas de tiros

Por Redação* 24/04/2025 14h02
PC investiga execução de amigas em AL; tráfico de drogas pode estar por trás dos crimes
Vitória e Micaela, ambas de 25 anos, foram executadas a tiros - Foto: Reprodução

Vitória Stefani da Silva e Micaela Araújo da Silva, ambas de 25 anos, foram encontradas mortas após ficarem desaparecidas desde o dia 16 de abril. A Polícia Civil de Alagoas trata os casos como execuções e investiga se os crimes têm relação com o tráfico de drogas.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (24), a delegada Juliane Santos, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que os corpos apresentam evidências claras de execução. "O corpo da Micaela estava com as mãos amarradas para trás. Já o da Vitória, o tiro de calibre 12 fala por si só", declarou.

Segundo a delegada, os crimes foram cruéis. Vitória foi encontrada morta com um tiro nas costas no dia 18 de abril, na Barra de São Miguel. Micaela teve seu corpo localizado apenas no dia 23, em uma área de difícil acesso no município de São Miguel dos Campos.

A investigação aponta que os crimes podem estar ligados ao envolvimento de pessoas próximas às vítimas com o tráfico de drogas. “Há indícios de que os namorados das vítimas tinham envolvimento com o tráfico, mas ainda estamos apurando. Não podemos afirmar, neste momento, se as duas amigas eram usuárias ou tinham ligação direta com o crime”, afirmou a delegada.

Na terça-feira (22), Vinícius Gomes Santos, de 22 anos, namorado de Micaela, foi preso. A polícia afirma que os depoimentos de testemunhas não coincidem com o álibi apresentado por ele. Vinícius seria uma das últimas pessoas a ver as jovens com vida. Elas teriam saído de sua casa, na Barra de São Miguel, por volta das 22h30 do dia 16, com destino à residência de Vitória, em Marechal Deodoro, mas não chegaram ao local.

As famílias das jovens registraram boletim de ocorrência após o desaparecimento, e desde então a polícia vinha realizando buscas. A arma do crime ainda não foi localizada.

As investigações seguem sob sigilo, e a Polícia Civil não descarta novas prisões nos próximos dias.

Com agências.