Polícia

De janeiro a maio, 77 cidades de AL não registraram crimes violentos contra a mulher

Nos municípios com crimes de janeiro a maio, mais de 76% foram esclarecidos pela Polícia Civil

Por Agência Alagoas 22/06/2019 15h03
De janeiro a maio, 77 cidades de AL não registraram crimes violentos contra a mulher
Reprodução

De acordo com levantamento da Assessoria Técnica de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil, nos primeiros cinco meses deste ano 77 cidades do interior de Alagoas não registraram nenhum caso de Crime Violento Letal Intencional (CVLI) contra mulheres. O número equivale a cerca de 75% dos municípios alagoanos.

Em abril, o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, determinou que fosse criada uma força-tarefa para agilizar a apuração de crimes de feminicídio, além de intensificar as ações de prevenção de mortes de mulheres em todo o estado. Dentre as estratégias adotadas, a Polícia Militar dá maior suporte à Polícia Civil nas investigações de crimes com características de feminicídio e de outros atos violentos contra mulheres.

Segundo os dados da PC, as cidades sem crimes violentos contra mulheres são Anadia, Água Branca, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Belo Monte, Belém, Boca da Mata, Branquinha, Cacimbinhas, Cajueiro, Campestre, Campo Alegre, Campo Grande, Canapi, Capela, Carneiros, Chã Preta, Coité do Nóia, Colônia de Leopoldina, Coqueiro Seco, Coruripe, Craíbas, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Feira Grande, Feliz Deserto, Flexeiras, Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacuípe, Japaratinga, Jaramataia, Jequiá da Praia, Joaquim Gomes, Jundiá, Junqueiro, Limoeiro de Anadia e Mar Vermelho.

Também não registraram crimes os municípios de Maravilha, Maribondo, Matriz de Camaragibe, Messias, Minador do Negrão, Monteirópolis, Murici, Novo Lino,  Olho D’Água Grande, Olho D’Água das Flores, Olho D’Água do Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Pariconha, Paripueira, Passo de Camaragibe, Paulo Jacinto, Penedo, Piaçabuçu, Pindoba, Piranhas, Porto de Pedras, Poço das Trincheiras, Pão de Açúcar, Quebrangulo, Santana do Ipanema, Santana do Mundaú, Senador Rui Palmeira, São Brás, São José da Laje, São José da Tapera, São Miguel dos Campos, São Miguel dos Milagres, São Sebastião, Tanque D’Arca, Taquarana e Traipu.

Para o secretário Lima Júnior, os números comprovam que a integração policial para combater a violência contra a mulher tem dado certo. Ele também lembra que as forças de segurança seguem empenhadas na elucidação dos crimes que ocorreram e também nas prisões dos autores.

“É importante destacar que, além das ações das Polícias Civil e Militar, a Patrulha Maria da Penha ampliou seus serviços e passou a atuar 24 horas. Isso também fortalece a presença policial junto às mulheres que já foram vítimas de violência. Estamos prendendo aqueles que cometeram homicídios de mulheres  e deixando claro que em Alagoas não há impunidade”, disse.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, este resultado é fruto do trabalho integrado das forças de Segurança Pública de Alagoas, onde a Polícia Militar atua de forma ostensiva com o enfoque da prevenção e a Polícia Civil tem intensificado o trabalho de esclarecimento de crimes com a conclusão de inquéritos policiais – dentro da sua competência constitucional de caráter investigativo, combatendo a impunidade.

Ainda segundo a Polícia Civil, o trabalho investigativo tem obtido resultados bastante significativos. Recentemente, foi divulgado que nos outros 25 municípios em que ocorrem homicídios de mulheres em Alagoas, mais de 76% dos assassinatos foram esclarecidos, um índice expressivo em âmbito nacional.

“Todos os integrantes da Segurança Pública de Alagoas estão de parabéns pelo engajamento, coragem e senso profissional que têm demonstrado no combate à criminalidade, fazendo com que a violência caia diariamente. Destacamos a forma de gestão adotada pela Secretaria de Segurança Pública, na pessoa do secretário Lima Júnior, e o apoio do governador Renan Filho em propiciar condições para que as forças de segurança do Estado possam atuar melhor”, concluiu o delegado-geral Paulo Cerqueira.