Dados sobre o desemprego no país divulgados pelo IBGE revela uma deterioração do mercado de trabalho. A taxa de desemprego, que atingiu o patamar de 8,1% em maio, foi puxada pelo aumento de pessoas em busca de trabalho. É um  crescimento recorde para o período e a maior da série iniciada em 2012.

A preocupação quanto ao futuro agrava a situação, em virtude da baixa expectativa, quanto aos rumos da economia para os próximos meses, em virtude do ambiente de incertezas.

O mercado já prevê que essa taxa possa chegar nos próximos meses a 9% e chega ao final do ano, ou início de 2016, em dois dígitos. Esse cenário projetado,  acaba por criar uma instabilidade nas famílias de menor renda, em razão inclusive do crescimento dos preços no varejo.

Programa Emergencial

A medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff criando o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) define que o Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT) bancará 15% dos salários dos trabalhadores de empresas que reduzirem em até 30% a jornada de trabalho e a remuneração dos funcionários.

Avaliação do programa

Em entrevista a rádio CBN, nesta quinta-feira, o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP) Ernesto Lozardo afirmou que o programa emergencial é “necessário, mas não é a solução.  O país não pode viver de emergência. Ele tem que viver de expetativas positivas, de crescimento, do ambiente mais favorável tanto ao empregador, quanto o empregado. Hoje os dois estão incertos quanto ao futuro.”

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deixou claro que o ajuste fiscal provoca desemprego e recessão. De acordo com Calheiros o programa “é uma espécie de confissão da realidade. A MP é muito importante, mas mais uma vez fica claro que o ajuste é recessivo, desemprega, aumenta impostos”.

Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) não jhá lógica na adoção de políticas públicas em favor da geração de empregos. É mais uma etapa no desmanche de todo o discurso de campanha da presidente Dilma.” Conclui.