Do ponto de vista técnico, se bem feita e isenta a pesquisa eleitoral mostra uma tendência, um “retrato” da opinião de um grupo de pessoas sobre determinado tema, em determinado local.
Nas eleições é comum apurar a intenção de votos e a opinião do eleitor. O resultado normalmente serve para orientar candidatos nas suas estratégias eleitorais e na comunicação da campanha. O maior problema é saúde? O que dizer da segurança, educação, obras?
Mas as pesquisas também passaram a ter outros usos. Normalmente seus resultados, quando divulgados, serve para demonstrar força. O candidato que está na frente tenta criar um clima de derrota nos adversários, desmobilizando a “concorrência”
Como “arma” eleitoral, a pesquisa normalmente é mais eficiente na reta final da eleição. E não é por mera coincidência que os institutos, alguns reconhecidamente a serviços dos candidatos, registraram um número bem maior de pesquisas no TRE de Alagoas nos últimos dias.
Mais da metade das 33 pesquisas registradas em Alagoas até esta quinta-feira, 22, foram registradas nas últimas duas semanas, sendo que 10 registros foram feitos nos últimos quatro dias.
O “detalhe” é que em várias cidades – caso de Maragogi, Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Arapiraca e Pão de açúcar – foram registradas nos últimos dias pelo menos duas pesquisas diferentes. E, pode conferir, os resultados também foram ou serão bem diferentes.
Pior, pelo que se sabe alguns os institutos “contratados” por terceiros, incluindo alguns veículos de comunicação, estão a serviço de candidatos.
Os resultados, embora careçam de credibilidade, são usados na “guerra” da comunicação e servem como demonstração de força nas redes sociais. A pesquisa é uma “arma” para confundir o eleitor, mas nem sempre – é bom lembrar – conseguir atingir seu alvo.