Política

Investigação da lava jato contra Renan Calheiros é arquivada por falta de provas

Folha revela que outros processos também foram encerrados pela PGR e PF

Por Redação com JAL 27/11/2016 18h06
Investigação da lava jato contra Renan Calheiros é arquivada por falta de provas

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ainda tem uma longa batalha jurídica pela frente. Mas neste domingo, reportagem de capa da Folha de São Paulo trouxe informação de que a primeira investigação contra o senador alagoano foi arquivada por falta de provas.

Outras nove investigações contra outros políticos também foram arquivados. O arquivamento, segundo a Folha, se deu a pedido da Procuradoria Geral da República e da Polícia Federal, por falta de provas.

No caso do senador alagoano, a investigação se dava em torno da delação de Paulo Roberto Costa. Ele disse que o deputado Aníbal Gomes falava em nome de Renan para pedir dinheiro. A conclusão é que não houve comprovação de que o senador foi beneficiado.

Renan Calheiros acredita que outras investigações abertas contra ele terá o mesmo destino. Ele tem repetido a interlocutores mais próximos que não existe nada que o incrimine nas delações feitas na lava jato, o que ficará demonstrado ao longo dos processos.

Leia a reportagem da Folha:

Dez investigações da Lava Jato foram arquivadas após delações frágeis

Desde o início da tramitação de procedimentos relacionados à Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), em 2014, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Polícia Federal arquivaram pelo menos dez investigações que começaram a partir de depoimentos de delatores.

De um total de 68 inquéritos e duas investigações preliminares abertos desde março de 2015, sete foram arquivados a pedido da PGR e três a pedido da PF, segundo levantamento feito pela Folha.

Os arquivamentos ocorreram por dois motivos: ou as afirmações do colaborador não puderam ser confirmadas pelos investigadores ou, quando ratificadas, não ficou caracterizado crime.

Em pelo menos seis casos houve contradições entre diferentes delatores, e os investigadores não puderam definir quem falava a verdade.

Entre as informações não comprovadas estão trechos dos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Alberto Youssef, doleiro no Paraná, Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, e Carlos Alexandre Rocha, o "Ceará", que operava como entregador de dinheiro de Youssef.

...Os políticos sobre os quais houve arquivamento são os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Aécio Neves (PSDB-MG), Humberto Costa (PT-PE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Edison Lobão (PMDB-MA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os deputados federais Simão Sessim (PP-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).

Três desses, Renan, Aécio e Lobão, continuam sob investigação em outros inquéritos na Lava Jato no STF.

Leia aqui a reportagem na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1835950-dez-investigacoes-da-lava-jato-foram-arquivadas-apos-delacoes-frageis.shtml