Política

RF atua para debelar insatisfação na base do governo na ALE

Desde do parecer da PEC do Orçamento, governador tem atuado diretamente nas conversas com os deputados

09/12/2016 16h04

Na terça-feira, 6, o Palácio dos Palmares recebeu um “recado” de sua base na Assembleia Legislativa de Alagoas: o parecer da PEC do Orçamento Impositivo foi aprovado por 12 votos contra 8.

Com ampla maioria no Legislativo, o governo esperava que o parecer fosse rejeitado.  A “derrota”, no entanto, serviu de alerta. Desde então, o governador Renan Filho passou a atuar diretamente nas conversas com os deputados e a situação hoje seria outra.

A votação da PEC do Orçamento Impositivo (mérito) na Assembleia Legislativa ficou para a próxima semana. A proposta teria sido votada na quarta-feira, 7, mas uma “manobra” da oposição (redução do quorum) evitou que a matéria fosse apreciada.

Com o “novo cenário”, a Mesa Diretora trabalha para votar o quanto antes o projeto e, se não houver nova manobra, a PEC vai para o plenário já na terça-feira, 13.

A aprovação da proposta é cada vez menos provável. O Projeto que chegou a ter o apoio de pelo menos 14 deputados vem perdendo fôlego. A expectativa, hoje, após a atuação do Palácio dos Palmares, é de que a PEC terá no máximo 10 votos.  Para ser aprovada a proposta precisa de pelo menos 17 votos.

Olho no olho

A mudança no placar da PEC é obra do governador. Ele conversou pessoalmente, nos últimos dias, com praticamente todos os deputados da bancada do governo. Renan Filho disse aos parlamentares que as finanças do estado – na situação atual – seriam comprometidas com a aprovação do projeto.

O “susto” da PEC – a aprovação do parecer no plenário por 12 x 8 foi traduzida como uma derrota para o governo na ALE – pode servir para melhorar as relações entre a base e o Palácio dos Palmares.

O clima de insatisfação diminuiu entre os deputados após as reuniões com o governador. Mas quem conhece bem o Legislativo avisa que o “diálogo precisa ser permanente”.