Política
Renan Filho começa reforma administrativa pela Seprev
O governador decidiu alterar ontem, após encontro com o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS/AL), o comando da Seprev
Está confirmada a primeira mudança na reforma administrativa programada para equipe de Renan Filho, depois das eleições de outubro. O governador decidiu alterar ontem, após encontro com o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS/AL), o comando da Secretaria de Prevenção à Violência, a Seprev.
A nova secretária será Esvalda Bitencout será a atual superintendente de Políticas sobre Drogas, da Seprev. Ela substitui o atual secretário, Jardel Aderico, no cargo desde o início do governo de Renan Filho.
A nomeação já assinada pelo governador será publicada no Diário Oficial e a posse de Esvalda será nesta sexta-feira, 23, às 9h, no Palácio dos Palmares.
Para por aqui?
Por enquanto, a nomeação de Esvalda é a única confirmada pelo Palácio dos Palmares. “Por hora não existe nenhuma outra mudanças no primeiro escalão”, aponta o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias.
O governador Renan Filho, no entanto, dá sinais de mudará outras secretarias. Entre as possibilidades estão Saúde, Ciência e Tecnologia, Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo e Assistência Social.
Novas mudanças no secretariado devem ficar para o início do ano. A não ser que o governador decida fazer outra “surpresa”, igual a da Seprev.
Carimbão defende gestão “técnica” na Seprev
Não é segredo para ninguém. Givaldo Carimbão é o “padrinho” da Secretaria de Prevenção à Violência, a Seprev. A pasta foi criada por sugestão do deputado federal ainda no governo de Téo Vilela, como Sepaz.
Sua missão era implantar um novo modelo de trabalho para recuperação de dependentes químicos, baseado na adoção de comunidades terapêuticas.
As comunidades, que funcionam com o trabalho de voluntários, acolhem dependentes químicos. Lá eles tem direito a alojamento e alimentação e participam de diferentes atividades. O modelo de Alagoas acolheu, segundo Givaldo Carimbão, cerca de 25 mil dependentes químicos nos últimos sete anos, com uma taxa de sucesso de 50%.
O custo para manutenção de cada dependente químico, hoje, é da ordem de R$ 33 por dia. O pagamento, segundo o deputado, é feito a partir de rigoroso controle, que inclui edital de seleção para as comunidades acolhedoras, uso de biometria para comprovar a frequência dos acolhidos e monitoramento da qualidade.
“Esse sistema implantado em Alagoas virou modelo para o Brasil. Hoje não vemos mais dependentes químicos acorrentados em nosso estado. As famílias tem uma esperança de e um lugar para recuperar seus filhos”, aponta.
O modelo vem dando certo, mas precisa avançar. Além de manter o trabalho com dependentes químicos, Givaldo Carimbão lembra que assumiu o compromisso, há um ano e meio atrás, de iniciar uma nova experiência no Estado. “Tivemos uma reunião com a Justiça e com o governo, onde discutimos a possibilidade de acolher em comunidades específicas presos no regime semi aberto. Para avançar neste sentido, sentimos a necessidade de fazer mudanças na Seprev”, explica
É essa necessidade, segundo Carimbão, que inspirou o governador Renan Filho a aceitar sua sugestão de mudança no comando da Pasta: “precisamos neste momento de uma condução mais técnica na Seprev. A Esvalda é assistente social, tem competência técnica e experiência na área”, pondera.
A partir do próximo ano, segundo Carimbão, a Seprev deve iniciar o trabalho com o acolhimento de presos com um custo mensal entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil: “hoje o estado gasta cerca de R$ 5 mil por cada detento e nem sempre o trabalho de ressocialização é bem sucedido. O que estamos idealizando é um novo modelo, de menor custo, que deverá ter uma taxa de sucesso muito maior no objetivo do estado que é devolver o preso para a vida em sociedade”, aponta.