O senador Renan Calheiros aproveita o recesso parlamentar para colocar em dia os assuntos da política em Alagoas. Ele fica no estado até o próximo dia 20, quando deve retornar a Brasília para conduzir o processo de eleição do seu substituto na presidência do Senado.

Nem o próprio Renan Calheiros sabe o que fará depois de 1º de fevereiro, quando será eleito o novo presidente do Congresso Nacional. A liderança do seu partido, o PMDB, é o mais provável caminho. A maioria da bancada peemedebista, formada por “amigos do Renan” já deu sinais de que quer vê-lo de volta a função.

A um interlocutor em Maceió, o senador disse, no entanto, que só decide seu futuro quando a eleição da mesa diretora do Senado estiver resolvida.

Em Maceió Renan Calheiros tem recebido amigos e aliados na sede do PMDB. A todos tem avisado que estará mais presente na política local este ano. “Fiquei mais afastado em 2016 por conta da conjuntura nacional e dos compromissos em Brasília”, tem explicado o senador a várias pessoas que o visitam na sede do partido.

Se ainda está incerto quanto ao que vai fazer no Senado (além de líder do PMDB, o atual presidente da Casa pode assumir a presidência de algumas comissões) Renan Calheiros já tem traçado seu futuro político em Alagoas. Ele vai disputar a reeleição em dobradinha com o governador Renan Filho e, muito provavelmente, com o atual ministro do Turismo, o deputado federal Marx Beltrão.

A quem pergunta, o presidente do Senado nega que tenha qualquer tipo de disputa ou divergência com Marx Beltrão, que tem sido citado em veículos nacionais de comunicação como uma pedra nos planos de reeleição do senador.

Renan Calheiros disse ao interlocutor que não vai “blindar” Marx Beltrão, nem atrapalhar uma maior ocupação sua de espaço na política local.  Até porque o atual ministro foi para o cargo com seu aval e é do seu grupo.

Em outras palavras, o fortalecimento de Marx Beltrão é aprovado pelo senador – até porque o deputado federal está dentro do seu grupo.  Os planos de Renan Calheiros incluem o ministro em seu palanque, disputando, ao seu lado, as duas vagas para o Senado.

Se é possível formar uma chapa pura sangue, com um candidato ao governo e dois candidatos ao Senado pelo PMDB? Se existe chances de vitória? Essas são questões que só o tempo vai responder.

(Edivaldo Junior)