O governador Renan Filho tem recebido, nos últimos dias, sinais de que, Rui Palmeira, busca uma reaproximação “institucional” com o Palácio dos Palmares.  As “sugestões” tem partido de políticos e influentes “figuras  da sociedade” que atuam mais próximos do prefeito de Maceió.

Alguns assessores do prefeito confidenciam, sem cerimônias, que é hora de reaproximar. O objetivo é acabar com o clima de enfrentamento que se viu nas eleições de 2016 entre o prefeito e o governador. Há uma boa razão para esses movimentos: a prefeitura de Maceió deve enfrentar dificuldades em 2017, em função da crise.

Com o caixa apertado, Rui Palmeira terá dificuldades de cumprir as mais de 200 promessas que fez na campanha eleitoral. Pior. Se houver qualquer aprofundamento da crise, a prefeitura terá dificuldades até para pagar os salários dos servidores públicos.

O governador confirmou a um interlocutor, essa semana, que tem recebido “emissários” que defendem a reaproximação no “campo institucional”. A todos, ele tem dito que ainda não é o momento. Ao que parece, algumas feridas eleitorais continuam abertas.

Renan Filho x Rui Palmeira?

Reeleito em 2016 num embate direto contra o deputado federal Cícero Almeida (PMDB), o prefeito de Maceió,  Rui Palmeira (PSDB),  emergiu das urnas como maior força de oposição ao governador Renan Filho (PMDB).

Mas se existe,  de fato um enfrentamento a caminho, ele deve ser deixado de lado pelo menos até 2018. Rui Palmeira foi lançado candidato ao governo pelo senador Benedito de Lira (PP) e pelo ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O que ele diz? Nada. Quando é  abordado sobre uma eventual disputa na próxima eleição, o prefeito desconversa: “2018 a gente deixa para 2018”.

Assessores mais próximos do prefeito garantem que ele não pensa – ao menos por enquanto – em disputar o governo em 2018. A poeira da eleição de 2016 baixou e Rui Palmeira estaria mais preocupado com o que tem pela frente: uma gestão difícil, com muitas promessas a serem cumpridas em meio a uma crise financeira no município que tende a se agravar.

Falta nomes

A insistência de algumas lideranças em “lembrar” o nome de Rui Palmeira para o governo em 2018 reflete, segundo um importante dirigente do PMDB de Alagoas a falta de outros nomes para encarar a disputa: “estão falando muito no Rui, porque na verdade nenhum dos outros líderes do grupo do prefeito querem encarar a eleição. Porque o Biu ou Téo não querem disputar o governo? Porque eles sabem que não será fácil vencer o Renan Filho e por isso ficam tentando empurrar Rui na fogueira”. 

(Edivaldo Junior)