Política

MPF denuncia Cabral e Eike por corrupção e lavagem de dinheiro

Por VEJA Conteúdo 10/02/2017 05h05
MPF denuncia Cabral e Eike por corrupção e lavagem de dinheiro

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro ofereceu denúncia nesta sexta-feira contra Sérgio Cabral, Eike Batista e mais seis pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro. Esta é a primeira denúncia no âmbito da Operação Eficiência, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) havia indiciado o empresário Eike Batista e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB/RJ) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cabral já havia sido indiciado em dezembro em inquérito da Operação Calicute. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

No indiciamento da PF, há outras dez pessoas, entre elas o irmão do ex-governador, Maurício Cabral – indiciado por lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, e a ex-mulher, Susana Neves Cabral, apenas por lavagem de dinheiro.

Eike é suspeito de ter pago 16,5 milhões de dólares em propinas para o peemedebista através de contratos fictícios de compra e venda de uma mina de ouro na Colômbia. Os detalhes da denúncia do MPF serão esclarecidos em coletiva de imprensa às 10h30.

Prisão

Cabral está preso desde novembro do ano passado. Sua mulher, Adriana, também está presa preventivamente desde dezembro. Ambos são alvos da Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

O empresário Eike Batista está preso desde o dia 30 de janeiro. Eike, que estava foragido e integrava a lista da Interpol, foi preso no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O empresário, disse que estava em viagem de negócios em Nova York. Ele foi detido por agentes da PF assim que desceu da aeronave.