O "Placar da Previdência" lançado nessa quinta-feira, 6, a tarde pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que o governo não em margem para aprovar a reforma da Previdência, nem mesmo com mudanças no projeto original.

No lançamento do placar, 240 deputados tinha se declarado contra qualquer tipo de reforma da Previdência, enquanto apenas 95 se declaravam a favor.

Nesta sexta-feira, 7, o placar foi atualizado e o número dos deputados que votam contra a reforma cresceu para 251.

Segundo o placar, dos 9 deputados de Alagoas, 6 já declararam que vão votar contra: Rosinha da Adefal (PTdoB), Ronaldo Lessa (PDT), JHC (PSB), Nivaldo Albuquerque (PRP), Paulão (PT) e Carimbão (PHS).

De Alagoas, apenas o deputado federal Cícero Almeida (PMDB) de Alagoas declara voto a favor da proposta, mas com ressalvas. O deputado Arthur Lira não quis responder e o deputado Pedro Vilela não foi encontrado pela equipe do Estadão.

No PMDB, partido de Temer, 16 dos 64 deputados afirmaram que votarão “não” ao projeto. No PSDB, 18 de 47 se manifestaram contra. Dentro do PP, partido que tem o Ministério da Saúde, dez dos 47 parlamentares são contra a matéria. O PSB, por sua vez, apesar de ter o Ministério de Minas e Energia, tem 20 deputados da sua bancada de 35 parlamentares declarando voto contrário ao projeto.

A oposição vota praticamente fechada contra a proposta. No PT, dos 58 integrantes, 54 (93%) disseram que votarão “NÃO”. Os quatro restantes não foram localizados pelo jornal.

Margem apertada

O governo precisa de 308 votos na câmara para aprovar a Reforma da Previdência. Contabilizava 320, margem apertada dos aliados fiéis ao Palácio. O Estado de São Paulo fez uma pesquisa com Deputados Federais, analisaram redes sociais e posicionamentos em discursos na imprensa e chegou a conclusão que pelo menos 251 deputados afirmam que não votam de jeito nenhum na Reforma. Assim, o Governo poderia conquistar no máximo 262 votos e Ainda precisaria de mais 46.

Não passa

A análise é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar: “Há uma percepção generalizada de que do jeito em que está o texto ele não passa. Não será aprovado sem mudanças radicais. O senador Renan [Calheiros] acerta quando diz que o governo tem que dialogar e ter senso de realidade”, afirma Antonio Augusto de Queiroz, analista político e diretor do Diap.