Política
Jardel x Carimbão: Igreja avisa que não vai apoiar candidatos em AL
Em nota, Arcebispo de Maceió diz que movimentos de comunidades católicas não vão se envolver em disputas eleitorais em 2018
A “briga” entre o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS-AL) e o ex-secretário de Prevenção à Violência continua dando o que falar.
Vale lembrar: Carimbão teria pedido para trocar o comando da Seprev (agora sob o comando de Esvalda Bitencourt) depois que Jardel Arderico teria decidido disputar uma vaga de deputado estadual nas eleições de 2018. A iniciativa poderia (ou poderá) atrapalhar os planos de reeleição do deputado estadual Carimbão Junior (PHS).
Essa semana um site local informou que Jardel seria candidato a deputado estadual com o apoio de movimentos da Igreja Católica que tem influência nas comunidades terapêuticas. Assim como Carimbão, o ex-secretário tem forte atuação nessas comunidades.
Após a informação, a Arquidiocese de Maceió e a Rede Cristã de Acolhimento ao Dependente Químico divulgaram nota esclarecendo ter como compromisso o não envolvimento em questões partidárias: “Queremos que a Política sobre Drogas seja tratada de maneira ética, correta e com a devida atenção que merece. Por isso, acreditamos que a verdadeira política se faz de forma universal… sem o envolvimento das comunidades terapêuticas no processo eleitoral”.
Na nota assinada pelo arcebispo dom Antônio Muniz, a Igreja descarta o envolvimento eleitoral: “Assim, manifestamos que não apoiamos nenhum candidato a cargo eletivo nas próximas eleições e ratificamos os Decretos, 08/08/2016 e 26/12/2016 sobre a participação dos fiéis leigos nas Eleições Majoritárias e Proporcionais e sobre a participação das Comunidades Terapêuticas em projetos políticos e de poder”.
Convocando
O deputado estadual Bruno Toledo (PROS), cumpriu o prometido e protocolou, essa semana, requerimento convocando a secretária da Seprev, Esvalda Bittencourt, para prestar esclarecimentos sobre denúncias do arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz, acerca da utilização da a rede de acolhimento de dependentes químicos com fins eleitorais.
A denúncia do arcebispo foi feita no final de 2016, quando o ex-secretário da Pasta, Jardel Aderico, foi trocado por Esvalda. Sobrou para a atual secretária dar as explicações.
Veja a nota
A Arquidiocese de Maceió e a Rede Cristã de Acolhimento ao Dependente Químico esclarecem ter como compromisso o não envolvimento em questões partidárias. Queremos que a Política sobre Drogas seja tratada de maneira ética, correta e com a devida atenção que merece. Por isso, acreditamos que a verdadeira política se faz de forma universal, alcançando todo aquele que dela precisa, sem a necessidade, portanto, do envolvimento das comunidades terapêuticas no processo eleitoral para que as mesmas sejam contempladas por políticas públicas.
Assim, manifestamos que não apoiamos nenhum candidato a cargo eletivo nas próximas eleições e ratificamos os Decretos, 08/08/2016 e 26/12/2016 sobre a participação dos fiéis leigos nas Eleições Majoritárias e Proporcionais e sobre a participação das Comunidades Terapêuticas em projetos políticos e de poder.
Ver link:
Maceió, 12 de abril de 2017.
DOM ANTÔNIO MUNIZ FERNANDES
Arcebispo Metropolitano de Maceió
Presidente da Federação da Rede Cristã de Acolhimento