Política

Janot pode denunciar Temer por corrupção já nesta segunda-feira

Por Notícias ao Minuto 26/06/2017 09h09
Janot pode denunciar Temer por corrupção já nesta segunda-feira

Após investigações da Polícia Federal (PF) apontarem que há "evidências" da prática de corrupção passiva do presidente Michel Temer, no caso que envolve o pagamento de propina por parte da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem até esta terça (27) para denunciá-lo no Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, segundo informações de bastidores, é possível que a peça seja protocolada já nesta segunda-feira (26).

Entre o material usado contra Temer está uma conversa gravada por Joesley Batista, um dos sócios da JBS.

No áudio, Temer menciona o nome de Rocha Loures, seu então assessor e também alvo do inquérito, como "homem de confiança" para tratar com Batista, que reclama de problemas enfrentados pela empresa no governo.

A propina paga pela JBS teria como objetivo, de acordo com informações do portal G1, facilitar a vida da gigante do setor de alimentos nas questões envolvendo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Temer alega que "simplesmente ouviu" reclamações do empresário. "Não há crime em ouvir reclamações e me livrar do interlocutor indicando outra pessoa para ouvir suas lamúrias. E confesso que o ouvi como ouço empresários, políticos, trabalhadores, intelectuais e pessoas de diversos setores da sociedade no Palácio do Planalto, no Palácio do Jaburu, no Palácio da Alvorada e em São Paulo", disse o presidente.

Já o relatório da PF, divulgado pelo STF no último dia 20, conclui que "o silêncio do Mandatário Maior da Nação e de seu ex-assessor especial resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado neste autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva".

Nesse domingo, o presidente se reuniu com aliados no Alvorada. Além de abreviar prazos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o Palácio do Planalto pretende garantir a nomeação de um relator próximo à gestão e um placar folgado na comissão para recusar a denúncia.