Política
Folha: após saída de Renan da presidência, Senado perde protagonismo
Em reportagem deste domingo, a Folha de São Paulo reconhece que o Senado perdeu protagonismo desde que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deixou a presidência do Congresso Nacional.
A partir de dados, opinião de senadores e de fatos recentes, a reportagem chega a conclusão que o Senado perdeu protagonismo sob o comando do atual presidente, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
A falta de protagonismo de Oliveira pode ser notada por outro fator que não foi citado na reportagem: o crescimento de Rodrigo Maia, como grande protagonista da política nacional. O presidente da Câmara Federal ganhou uma projeção muito maior desde que Renan saiu da presidência do Senado, em fevereiro deste ano.
Veja a reportagem da Foha
Sob comando de Eunício, Senado perde protagonismo
Há sete meses no comando do Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ainda não conseguiu imprimir uma marca própria no cargo, segundo senadores ouvidos pela Folha.
As reclamações mais frequentes são de falta de diálogo com a presidência e de clareza na pauta de votações.
Na visão dos senadores, as reuniões de líderes têm sido esvaziadas.
Um exemplo dado por um líder partidário, que pediu para não ser identificado, é o crescimento da atuação das comissões em detrimento da pauta do plenário.
De fevereiro a agosto deste ano, o Senado aprovou 133 projetos. Desse total, 68 são resultados de sessões plenárias e, número ligeiramente menor, 65, em comissões.
Como base de comparação, sob a gestão de Renan Calheiros (PMDB-AL), que antecedeu Eunício no cargo, o Senado aprovou 108 projetos de fevereiro a agosto de 2015. Desse montante, o número de finalizações no plenário (70) é quase o dobro do trabalho das comissões (38).
Em 2015, quando a crise do governo Dilma Rousseff se intensificou, Renan propôs a criação da Agenda Brasil como “alternativa” à agenda econômica do Planalto.
Senadores argumentam que, em momentos de dificuldades, como o vivido pelo governo Michel Temer, há espaço para o Senado ganhar protagonismo na cena política. Eles consideram que Eunício tem se mantido excessivamente reservado.
Leia aqui, na íntegra: