Política
TSE pede investigação sobre ação do crime organizado na política
OTribunal Superior Eleitoral (TSE) acionou órgãos de investigação e inteligência do governo federal para coibir a iniciativa dos criminosos durante eleições em todo o país. Só na disputa de 2016 no Estado do Rio de Janeiro, a Justiça Eleitoral verificou a influência de facções criminosas e milícias em 19 zonas eleitorais de sete cidades, incluindo a capital.
O relatório do TSE, que foi encaminhado para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e para a Polícia Federal (PF), ao qual "O Globo" teve acesso, lista todos os candidatos eleitos em zonas eleitorais onde é necessário reforço policial, além de regiões que historicamente registram conflitos entre criminosos e forças de segurança. Estas localidades possuem 9% do eleitorado fluminense, o que equivale a aproximadamente 1,1 milhão de pessoas.
Como explica a reportagem, com informações do órgão, os maiores riscos de influência do crime organizado nas eleições estão em 11 zonas eleitorais da capital: uma em Duque de Caxias, duas em Resende e Itatiaia, uma em São Gonçalo, uma em São João de Meriti e três em Niterói.
O Rio é o Estado que mais preocupa o TSE, mas há vestígios da infiltração do crime na política em outras localidades.