Política
Empatados, Caldas e Beltrão disputam “voto” do Papa
Na política brasileira existe o mito de que beijar a mão do líder da igreja católica pode ajudar a vencer a eleição
É claro que o Papa Francisco não vota por aqui. Mas a sua imagem, muito respeitada, pode ajudar a conseguir votos. Na política brasileira existe o mito de que beijar a mão do líder da igreja católica pode ajudar a vencer a eleição.
Pelo sim, pelo não, dois dos mais destacados eventuais concorrentes para o Senado em Alagoas nas eleições de 2018 trataram de garantir uma boa foto ao lado de Francisco.
Nesses últimos dias, Marx Beltrão (PMDB) e João Caldas (PSB) espalharam fotos semelhantes: ambos aparecem beijando a mão do Papa, numa demonstração de fé e numa reverência à Igreja Católica.
Os dois estão tecnicamente empatados. Em nova pesquisa estadual realizada pelo Ibrape esta semana em Alagoas, divulgada na Revista Veja, João Caldas aparece com 11% em 4o lugar e Marx Beltrão fica com 10%, em 5o lugar.
No caso dos dois, o Papa não poderá ajudar muito. Até porque a foto do beijo na mão de Francisco terá o mesmo peso – para um ou para o outro.
Para desempatar essa corrida, João Caldas e Marx Beltrão terão de acertar mesmo nas articulações políticas e no discurso para o eleitor. Se a foto com o Papa ajuda, é dúvida. Mas é certo que não vai atrapalhar em nada.