Política
Rui sofre pressão para fazer oposição e aliança com RF
O prefeito de Maceió diz que seu compromisso é fortalecer o PSDB e os aliados para o ano de 2018
O prefeito Rui Palmeira confirma que vai assumir a presidência do PSDB em Alagoas no próximo dia 11. A convenção estadual do partido que será realizada em Arapiraca.
Mas que ninguém entenda que isso será a largada de uma eventual campanha para o governo.
“O prefeito continuará, como tem feito desde o início, focado na gestão. Essa decisão, seja sim ou não, ficará para 2018. Até lá, o foco é Maceió”, avisa o secretário de governo da prefeitura da capital.
Tácio Mello admite, no entanto, que Rui Palmeira tem sofrido uma pressão cada vez maior para tomar logo uma decisão: “tem gente no nosso grupo quer que o prefeito dispute o governo e também tem aliados nossos que desejam até que ele faça uma aliança com Renan Filho. É pressão de todo lado. Mas a decisão, como o prefeito já avisou, só será tomada no próximo ano”.
Claro que uma aliança com RF é improvável, mas não impossível: “o prefeito não tem intrigas pessoais com ninguém e pode conversar com qualquer grupo”, aponta Tácio Mello.
O mais provável, no entanto, é que Rui lidere – candidato ou não – um grupo de oposição ao governador Renan Filho. Até porque, como admite o secretário de governo, o “clima” das eleições de 2016 deixaram feridas que ainda estão cicatrizando.
Sem traumas
O “rompimento” com o PDT não chegou a ser tratado como pelo prefeito e sua equipe: “o deputado Ronaldo Lessa saiu pela porta da frente. Ajudou nossa gestão mesmo antes da aliança e agora temos certeza que continuará ajudando Maceió, como sempre fez. Tanto é que parte do PDT ficou aqui, até como forma de gratidão pelo importante papel do partido e do Ronaldo na campanha de 2016”, emenda Tácio.
O que Rui diz
Em entrevista a um jornal local, o prefeito diz que seu compromisso é fortalecer o PSDB e os aliados para o ano de 2018: “A gente vai para essa missão sabendo que precisamos reforçar ainda mais o partido, e não só o PSDB, mas os que hoje estão conosco: PP, PROS, Democratas e PR”, aponta.
Rui Palmeira diz que a aliança terá nomes fortes para disputar governo e Senado. Mas evita confirmar que um dos nomes será o seu. A sua decisão, claro, só será tomada no início de 2018.