Política
Lula: "Eles não conseguem me parar nas urnas"
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer na noite desta terça-feira 24, em discurso na cidade de Governador Valadares (MG), que há um movimento para impedir, pela via judicial, que ele dispute as eleições de 2018.
"Eles não conseguem me parar através das urnas, eles vão tentar me parar através da Justiça", disse. "Não sei o que vai acontecer no ano que vem", acrescentou.
"Se alguém quiser que eu não seja candidato a presidente, só tem um jeito: tenha coragem, crie um partido político, seja candidato e vá me derrotar nas urnas", afirmou ainda o ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto.
O ato teve como foco a defesa pela recuperação do Rio Doce, que virou lama após a tragédia da mineradora Samarco, que deixou 19 mortes e severos danos ambientais em Minas e no Espírito Santo. O ex-presidente cobrou investimentos do governo federal na região e criticou a empresa.
Na manhã desta quarta-feira 25, Lula deu entrevista à rádio Teófilo Otoni, em que comentou a votação da segunda denúncia contra Temer, que pode acontecer hoje. "O Temer gastou pra aprovar a PEC de limite de gastos. Por que ele não limita os gastos pra comprar deputado?", ironizou.
Contra o golpe, Lula declarou: "eles fizeram essa guerra contra a Dilma, a imprensa engoliu as mentiras e ela foi cassada. Estamos vendo como ficou com o Temer. Tem muita gente envergonhada".
Ele voltou a dizer que será "Lulinha paz e amor sempre", mas que será "mais duro com aqueles que fazem mal pra esse país". Se voltar à presidência, Lula prometeu "fazer a democratização dos meios [de comunicação]". "O dono do jornal tem direito a escrever um editorial, mas não de mentir nas informações", criticou.