Política
Câmara abre nova sessão para dar andamento à análise de denúncia contra Temer
A primeira sessão atingiu a duração máxima de cinco horas e teve de ser encerrada
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu nova sessão deliberativa para continuar a análise da denúncia contra Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. A primeira sessão atingiu a duração máxima de cinco horas e teve de ser encerrada. O painel de presença foi zerado para a nova sessão e a contagem do quórum foi reiniciada.
Maia encerrou a reunião logo após o plenário rejeitar, por 184 votos contrários e 4 favoráveis, o requerimento de adiamento de votação apresentado pela base aliada do governo como estratégia para atrair os deputados ausentes para o plenário, sob o risco de corte do ponto dos parlamentares.
Depois da apresentação do requerimento, o clima no plenário esquentou. Alguns integrantes da oposição registraram presença, mas mantiveram a obstrução sob gritos "Fora Temer". A base governista continuou fazendo apelos para que os parlamentares que já estão na Câmara registrem presença no plenário para terminar a votação e garantir que a pauta legislativa volte à normalidade.
Para que o processo de votação seja iniciado, é necessário que pelo menos 342 deputados estejam presentes no plenário. O número corresponde a dois terços do total de 513 deputados e atende ao estabelecido na Constituição Federal para votações de processos de abertura de investigação contra presidente da República.
Para impedir o avanço da denúncia na Justiça é preciso pelo menos 172 votos. Já a oposição precisaria de 342 para admitir a autorização de investigação das acusações no Supremo Tribunal Federal.
A expectativa da liderança do governo na Câmara é que a votação ocorra ainda hoje. “A gente está aqui pra votar, se a oposição não quer votar a matéria, a compreensão dela é essa porque não tem o número de votos suficientes. (…) Eu acho que por responsabilidade com o país, tem que enfrentar essa matéria e votar de acordo com sua consciência”, disse o líder Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).