Ainda é cedo para fazer alguns cálculos, mas já dá para ter uma ideia de como ficará o tempo no horário gratuito de rádio e TV dos dois principais grupos políticos de Alagoas em 2018.

As regras que vão valer para a próxima eleição são praticamente as mesmas de 2016. Só terão tempo no programa na TV e rádio os candidatos majoritários. Fora disso, só inserções.

A divisão do tempo, será feita por coligação e só vai somar, na majoritária, o tempo dos seis maiores partidos.

No cenário atual, considerando a soma dos seis maiores partidos, a coligação de Renan Filho partiria para a divisão do tempo com 45% do total da representação na Câmara dos Deputados, podendo chegar a 57% com a soma do tempo dividido igualmente entre os partidos e as “sobras”.

Já Rui Palmeira partiria, na mesma situação, com 30% do total da representação na Câmara dos Deputados, podendo chegar a 42%.

Com os partidos que tem maiores bancadas na Câmara Federal já “divididos” entre os dois principais grupos políticos, a única legenda com “peso” para somar tempo para um lado ou para o outro é a do PSB, do deputado federal JHC.

O que vale segundo especialistas em legislação eleitoral é a bancada eleita em 2014. Neste caso, o PSB, que elegeu 34 deputados poderia ajudar tanto o grupo de RF, quanto o de Rui. Na conta de hoje (veja tabela) a coligação do governador teria a soma de 234 deputados e, com o PSB, passaria para 248 deputados. Já a coligação de Rui Palmeira, que teria a soma de 157 deputados, pularia para 181 deputados.

E se for uma terceira via?

No quadro atual não sobrará muito para uma eventual terceira força com chapa majoritária em Alagoas. Se o PSB partir para liderar uma outra opção, deve conseguir no máximo 10% do tempo de TV, algo em torno de um minuto, assim como ocorreu nas eleições para prefeito de Maceió.

Dos partidos que estão fora da coligação de Renan Filho e Rui Palmeira, exceto o PSB nenhum tem mais do que 5 deputados para acrescentar na soma. Juntos, todos representam apenas 21 deputados. Mesmo se conseguisse juntar todos eles, essa terceira coligação teria, no máximo 10% do tempo de rádio e TV.