Política
PT quer assumir a Secretaria de Educação do governo de AL
Foi uma conversa que passou, num primeiro momento, por discussão de cargos e por uma alinhamento político
O PT abriu formalmente as negociações com o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, sobre o retorno do partido à base do governador Renan Filho.
Foi uma conversa que passou, num primeiro momento, por discussão de cargos e por uma alinhamento político. Nada será decidido antes de uma nova reunião com o governador Renan Filho, que só deve acontecer na próxima semana.
O presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa, diz que primeiro se estabeleceu premissas para aliança. Mas admite, como vem sendo comentado nos bastidores, que foi sugerida sim a indicação de um petista para a Pasta Educação.
“Nós reivindicamos sim. E porque não?”.
Pedir é uma coisa. Levar é outra. Apesar da sugestão, Barbosa é taxativo: “isso não significa que estamos impondo alguma coisa. Estamos reivindicando, com todo o direito, sabendo que o governo e o governador tem todo o direito de aceitar, não aceitar e propor alternativas. Iniciamos as conversas a esse respeito, mas sem definições. Nos próximos dias isso estará definido”, pondera.
A premissa estabelecida entre PT e governo tem relação “com o projeto politico que está guiando a reaproximação com o governo. Eleições de 2018, Lula e o projeto estratégico dos petistas alagoanos – que passa pela reeleição de Paulão para a Câmara dos Deputados e a eleição de deputados estaduais – estão no centro das discussões.
Mas o partido considera que uma vez estabelecida a aliança, a participação no governo é um caminho natural.
“Também faz parte da premissa ocupar no governo um espaço que corresponda ao tamanho e importância politica do PT neste atual cenário”, aponta Barbosa.
Um movimento complexo
Impossível não é. Mas pouco provável, no cenário atual, que Renan Filho mude a Educação. Luciano Barbosa, além de vice-governador do Estado, tem sido considerado pelo próprio governador como “um excelente secretário de Educação”.
Resta saber onde o governador poderá acomodar o PT.
Não existem hoje muitas opções “disponíveis” com o perfil petistas. As duas secretarias já ocupadas pelo partido no atual governo estão bem distribuídas. Assistência e Desenvolvimento Social com os Pereira e Trabalho com PTB e PRP, dos Albuquerque.
As demais pastas políticas estão com Marx Beltrão (Semarh), Carimbão (Seprev), PCdoB (Selaj), PTC (Seagri), Ronaldo Lessa (Sedetur) e PPS (Secti). Só para citar alguns exemplos. Será para Renan Filho um movimento complexo. Ou muda uma Pasta “técnica” ou terá de fazer uma reengenharia política.