Política
Fachin quer tornar Benedito de Lira e Arthur Lira réus na Lava Jato
Além de recursos de caixa 2, os acusados teriam sido beneficiados por meio de doações eleitorais oficiais em 2010
O senador Benedito de Lira (PP-AL) e o líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira, podem se tornar réus na Lava Jato num processo em que são acusados de corrupção passiva, junto com o ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, votou em reunião da Segunda Turma do STF, nessa terça-feira, 12, acatou a denúncia da PGR e votou para tornar réus o senador e o deputado federal. Além de votar a favor da denúncia contra o ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa.
A votação, no entanto foi adiada em função de pedido de vistas do ministro Dias Toffoli. O julgamento deve voltar a ser realizado na próxima segunda-feira pela Segunda Turma da Corte.
De acordo com a denúncia, de 2015, Arthur e Benedito de Lira teriam recebido propina de R$ 2,6 milhões em 2010 e 2011 de um esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Além de recursos de caixa 2, os acusados teriam sido beneficiados por meio de doações eleitorais oficiais em 2010.
Repercussão
Veja texto do G1 sobre a decisão de Fachin
Relator no STF vota a favor de tornar réus senador Benedito de Lira e deputado Arthur Lira; julgamento é adiado
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (12) para tornar réus o senador Benedito de Lira (PP-AL) e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), pai e filho, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após o voto de Fachin, a Segunda Turma do STF, onde o caso é analisado, adiou o julgamento após pedido de vista do ministro Dias Toffoli, que quer analisar melhor a questão. O caso deve voltar a ser analisado na próxima segunda-feira pela Corte.
Caso a maioria dos demais ministros da Segunda Turma vote junto com Fachin, os dois parlamentares se tornarão réus na Lava Jato.
Segundo a denúncia, apresentada em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ambos receberam propina de r$ 2,6 milhões em 2010 e 2011 de um esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
“No presente caso, há elementos comprobatórios suficientes para recebimento da denúncia”, afirmou o relator, ministro Edson Fachin.
O esquema foi delatado por Ricardo Ribeiro Pessoa, empreiteiro da UTC, acusado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Os parlamentares também foram citados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Os parlamentares teriam sido beneficiados, a partir de 2010, por doações oficiais, valores em espécie e pagamentos por empresas de fachada para as campanhas a deputado e senador.
Pessoa afirmou que fez repasses para a campanha de Benedito de Lira, que foram posteriormente transferidos pelo senador para a campanha de Arthur Lira.
Além da condenação criminal, Janot pediu a perda de bens e valores de R$ 2,6 milhões e a reparação dos danos materiais e morais em R$ 5,2 milhões.
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