Política

Ousamos fazer uma revolução na política e na economia, diz Temer

Por Notícias ao Minuto 18/12/2017 13h01
Ousamos fazer uma revolução na política e na economia, diz Temer

Em um recado a Rodrigo Maia, o presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (18) que qualquer candidato à sucessão presidencial que apoiar as atuais reformas estruturais terá cravado a gestão peemedebista em sua campanha eleitoral.

 
 
Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada no domingo (17), o presidente da Câmara disse que a base aliada não precisa de um candidato ao Palácio do Planalto que faça uma tatuagem "eu sou Michel Temer" na testa. Segundo ele, o nome da continuidade precisa apenas ter uma agenda de reformas.

No discurso em evento da Fundação Ulysses Guimarães, entidade peemedebista, o presidente afirmou que foi acertada a tese do governo de defender as reformas no país e disse que enfrentou uma oposição feroz dos partidos de oposição.

"Quem for candidato a presidente e afirmar que vai continuar ou que terá um governo também de reformas, estará cravando na sua campanha eleitoral a tese do acerto do nosso governo. E estará gravado governo Michel Temer no programa que vai ser estabelecido para o futuro por nós, que ousamos fazer uma revolução na política administrativa e econômica do nosso país", disse.


A declaração de Maia causou mal-estar no Palácio do Planalto e foi interpretada como uma tentativa do parlamentar de se distanciar publicamente do governo peemedebista, que apresenta baixos índices de aprovação popular.

No evento, o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, também adotou a mesma linha de Temer. Segundo ele, o candidato da base aliada terá de ter um compromisso com o legado do atual governo.

"Se não tiver [compromisso], estará jogando fora a eleição e partindo sozinho, porque estaremos defendo o nosso legado na discussão eleitoral do próximo ano", disse.

No discurso, Temer disse ainda que não desistiu da reforma previdenciária, porque é o tema do momento. "É um tema que estamos enfrentando e que vamos levar adiante", disse.

Por falta de votos, a proposta ficou para fevereiro, o que aumentou o pessimismo no mercado financeiro sobre a sua aprovação, já que se tratará de um ano eleitoral. Com informações da Folhapress.