Política

Beltrão e Quintella empatam na margem de erro para o Senado

Outros nomes, a exemplo de Thomaz Nonô, podem entrar também nessa fase de pré-campanha

Por Edivaldo Junior com www.edivaldojunior.com.br 24/12/2017 14h02
Beltrão e Quintella empatam na margem de erro para o Senado

A disputa para o Senado em Alagoas está longe de uma definição. É o que mostram os últimos resultados de pesquisas de opinião. O levantamento do Ibrape, divulgado inicialmente pelo blog Radar, da Revista Veja, esta semana, mostra a liderança de Renan Calheiros (30%) e uma disputa acirrada pela segunda vaga entre Téo Vilela e Benedito de Lira, ambos com 18% da preferência do eleitor.

O jogo nem sequer começou e outros pretendentes mostram força para entrar em campo.

Radar destacou que “o ministro Marx Beltrão, em crescimento, já surge como opção de 10% da população, enquanto seu colega de Esplanada Maurício Quintela tem 7% das intenções de voto”.

Os dois estão tecnicamente empatados – dentro da margem de erro.

Na mesma pesquisa, realizada entre os dias 14 e 18 deste mês em todo o estado, João Caldas aparece com 6%, Rafael Tenório com 5% e Ildo Rafael, com 4%. Todos com potencial de crescimento.

A novidade deste levantamento, com 2 mil eleitores com 16 anos ou mais, com intervalo de confiança estimado de 95% e margem de erro de 3%, é a apresentação na pesquisa estimulada – pela primeira vez na série do Ibrape – dos nomes de Maurício Quintella, Ildo Rafael e Rafael Tenório. Outros nomes, a exemplo de Thomaz Nonô, podem entrar também nessa fase de pré-campanha.

A capacidade individual articulação de cada um tem peso, mas não tanto quanto o palanque – que inclui dobradinha com o candidato a governo, apoio dos proporcionais, bases, tempo de TV, estrutura, etc, etc, etc.

Senão, vejamos. No cenário atual, é pouco provável uma dobradinha entre Renan e Marx no MDB em 2018. Beltrão, tudo indica, deixará o seu atual partido e migrará para o PSD, hoje sob comando do irmão dele, Maykon, que deve disputar vaga de federal.

Mudando de sigla, Marx terá mais flexibilidade, mas não muitas opções. Para ser viável, ou fica com Renan Filho ou com Rui Palmeira. Essa é a mesma escolha “hoje” de outros pretendentes ao Senado. Viabilizada uma terceira via na política, como pretende o PSB de João Henrique Caldas, as possibilidades de composição aumentam.

Escolha difícil

Se o prefeito de Maceió for mesmo candidato ao governo, o maior desafio será escolher os candidatos ao Senado. Ele no entanto não terá como dizer não a Benedito de Lira, que é, assim como Renan Calheiros, candidato natural e legítimo à reeleição.

Rui Palmeira e Renan Filho provavelmente vão “pisar em ovos” para escolher o outro concorrente ao Senado nas suas chapas. Entre as escolhas, só pra começo de conversa, Marx, Quintella, João Caldas, Rafael Tenório e Ildo Rafael.

Cartada final

As definições na política local ainda aguardam movimentos nacionais. Lula, Alckmin, Bolsonaro, Marina, Ciro Gomes, Joaquim Barbosa, Álvaro Dias… Em geral, palanques de presidenciáveis tem efeito gravitacional nas disputas estaduais.

Além disso, a composição da chapa majoritária pode e deve passar pela vaga de vice-governador. Mas essa é outra história. E como acontece na maioria das eleições, é uma cartada de última hora, às vésperas da convenção. Um vice do PSB, poderia, por exemplo fortalecer Renan Filho e fragilizar Rui Palmeira. A aliança entre JHC e Rui, teria efeito inverso.

Veja a pesquisa

O Ibrape montou, diferente dos levantamentos anteriores, com cinco prováveis candidatos, um cenário mais oito possíveis concorrentes ao Senado: Renan Calheiros (PMDB), Teotonio Vilela (PSDB), Benedito de Lira (PP), Marx Beltrão (PMDB), Maurício Quintella (PR), João Caldas (PSB), Rafael Tenório (Podemos) e Ildo Rafael (PMN).

Como sempre, o Ibrape simulou o primeiro e segundo votos para senador. Isso porque nas eleições de 2018 serão duas vagas e o eleitor votará duas vezes para o Senado.

Levando em consideração os dois votos, se as eleições fossem hoje Renan Calheiros teria 30% dos votos, seguidos de Benedito de Lira (18%) e Téo Vilela (18%). Em quarto lugar aparece Marx Beltrão com 10%, seguido de Maurício Quintella (7%), João Caldas (6%), Rafael Tenório (5%) e Ildo Rafael (4%).

Dos entrevistados, 18% se disseram indecisos e 29% disseram que vão votar branco ou nulo.

Os dois votos

De acordo com a pesquisa, no primeiro voto Renan teria 22%, seguido de Benedito de Lira (9%), Téo (7%), Marx (5%), João Caldas (3%), Maurício (3%), Rafael (2%) e Ildo (2%).

O segundo voto, de acordo com o Ibrape ficaria assim: Téo 11%, Biu 9%, Renan 8%, Marx 5%, Maurício 4%, João Caldas 3%, Rafael 3% e Ildo 2%.