Política
Servidores de Maceió podem ficar sem reajuste este ano; Estado acena com IPCA
Em 2017, os servidores públicos de Maceió ficaram sem reajuste nos seus salários. Em 2016, os servidores estaduais também não receberam correção salarial.
As expectativas, agora, se voltam para 2018. Nem o governador do estado, nem o prefeito da capital acenam com a possibilidade de reposição das perdas acumuladas durante suas gestões.
Pior. Em maiores dificuldades financeiras, aparentemente, o prefeito Rui Palmeira disse em entrevista na última quarta-feira, 03, que “ainda” não há como conceder reajuste para os salários dos servidores.
“Vamos realizar na medida do possível. Não adianta fazer isso se não temos receita e não conseguirmos pagar depois”, disse o prefeito. A boa notícia é que Rui Palmeira não disse “não”.
Renan Filho já sinalizou, em alguns pronunciamentos, que o estado vai dar o IPCA. Nesse caso, o reajuste para o funcionalismo estadual não deve passar dos 3% este ano. A data base em Maceió é janeiro. A do Estado, maio. A base para o reajuste é sempre o IPCA do ano anterior, que está estimado em 2,9% para 2017.
Considerando somente o IPCA dos dois anos em que não deram reajustes aos servidores, Rui Palmeira e Renan Filho estão em débito com o funcionalismo. As perdas para os servidores de Maceió, somente no ano passado foram de 6,29%. Para os servidores do Estado, as perdas de 2016 foram de 6,41%.
O peso das eleições
Políticos da nova geração, Renan Filho e Rui Palmeira não devem afrouxar os gastos este ano por conta do calendário eleitoral. Não fizeram isso em 2016, nem pretendem fazer agora. A relação com os servidores, diferente de gestões anteriores – de ambos – é mais “dura”.
Tanto um como o outro demonstram esforços para manter os gastos sob controle. E tendem a continuar assim.
Para arrancar qualquer reajuste acima da inflação, será preciso que os servidores demonstrem capacidade de mobilização, além é claro de conquistar o apoio da sociedade.