Política
Marcelo Beltrão fecha com RF e será candidato a deputado estadual
Beltrão já avisou que vai marchar ao lado do governador nas eleições deste ano
O ex-presidente da Associação dos Municípios Alagoanos e ex-prefeito de Jequiá da Praia está afinadíssimo com Renan Filho. Marcelo Beltrão já avisou que vai marchar ao lado do governador nas eleições deste ano, independente do que vem pela frente.
“Acredito muito no trabalho dele, nos bons resultados que Renan Filho vem conseguindo e que precisam continuar”, pondera.
Atual secretário de Educação de Marechal Deodoro, diretor da Confederação Nacional dos Municípios e Undime, Marcelo pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas.
Além do incentivo do governador, tudo aponta que ele terá o apoio do prefeito de Marcehal, Claudio Ayres da Costa, o Cacau.
Atualmente no PRB, Marcelo ainda não definiu se será candidato ou não pela legenda: “vou apresentar um projeto em defesa da melhoria da educação no nosso Estado. Estarei com quem abraçar essa proposta”, resume.
O peso da alfabetização
Atualmente, Marcelo está empenhado em mobilizar secretários municipais de educação, prefeitos e o governo do estado para melhorar os índices de Alagoas na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), realizado a cada dois anos. O próximo exame será este ano: “A alfabetização é a base da educação. Todos os problemas da educação em Alagoas são decorrentes da má formação na alfabetização. Se o estado melhorar na ANA, vai melhorar por consequência todos os outros indicadores, inclusive no Ideb”, aponta.
A ANA é uma avaliação que objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. A aplicação e a correção serão são pelo INEP. “No caso de Alagoas, cerca de 80% dos alunos avaliados ficaram com nota 2, que é considerada insuficiente. Para melhorar esses indicadores, é preciso mobilizar gestores públicos, professores e a sociedade”, pondera Beltrão.
O peso para os municípios
Com uma visão municipalista, Marcelo acredita que para a Educação avançar nos municípios será necessário que a União redefina a distribuição de gastos.
Na próxima segunda-feira, 15, ele avisa que terá uma pauta na AMA sobre financiamento de plano de cargos e carreira para professores: “a legislação é muito injusta com a classe magistério e com os prefeitos, na medida em que coloca um contra outro. O financiamento não acompanha a carreira. É preciso que o governo federal, que fez legislação junto com o Congresso Nacional encontre uma solução, porque os prefeitos não estão conseguindo acompanhar. Nos últimos anos o piso do professor cresceu 140% enquanto o financiamento cresceu 77%”, enfatiza
Marcelo avalia que as prefeituras não tem como acompanhar o aumento de despesas, uma problemática que só faz gerar confronto.
“O governo federal controla de forma diferente tudo que impacta nos seus gastos, a exemplo do salário-mínimo, que tem repercussão em vários gastos como a previdência. Nesse caso, todo o custo do governo federal aumento em 1,81%, enquanto o piso do magistério que não é ele que paga, que só impacta estados e municípios cresceu 6,81%. Já o financiamento não cresceu 2%. Essa diferença, que afeta diretamente a capacidade de financiamento também é danosa para a educação”, aponta Marcelo.