Política

6 partidos podem integrar coligação da “terceira via” em AL

Em Alagoas, com raríssimos exemplos em contrário, sempre prevalece a política do azul contra o encarnado

Por Redação com www.edivaldojunior.com.br 17/01/2018 08h08
6 partidos podem integrar coligação da “terceira via” em AL

Primeiro, vamos esclarecer o que é “terceira via” neste caso. Não é como querem alguns, “terceira” força. É, na verdade uma opção aos dois caminhos que estão postos na política de Alagoas hoje: os grupos de Renan Filho e Rui Palmeira.

Conseguir viabilizar chapas ou coligações fora desses dois grupos não é, nem será fácil. Em Alagoas, com raríssimos exemplos em contrário, sempre prevalece a política do azul contra o encarnado.

Mas tem quem acredite que é possível quebrar esse modelo. João Caldas entrou firme no campo das composições partidárias e está construindo uma coligação que pretende reunir, além do PSB, PSL, PEN, ao menos outras três legendas: “já conversei com o Marcos Toledo (Avante), com o Chico Tenório (PMN) e Sílvio Camelo (PV). A ideia é construir uma chapa hoje para fazer dois federais e de quatro a cinco estaduais”, adianta. Uma conversa como PHS de Carimbão também está nos planos de JC.

Pelo que se sabe, ao menos PSB, PEN e PSL estão liberados para as composições. Os demais partidos têm relações mais próximas com o Palácio dos Palmares. Uma composição, embora possível, será mais complexa.

Caldas terá que gastar muita saliva. Nada que ele não consiga. No plano nacional, acaba de ajudar na articulação que garantiu a ida de Jair Bolsonaro para o PSL. No plano local, Caldas tem trânsito com todas as correntes políticas.

Um forte argumento que ele tem para montar a chapa, hoje, é a viabilidade para candidatos que querem disputar vagas de deputado estadual e deputado federal. O pacote também inclui uma coligação que terá tempo de televisão e nomes competitivos.

Liberdade de escolha

Pré-candidato ao Senado, Caldas revela que tem feito consultas a alguns nomes que poderão disputar o governo pela “Frente Alagoana do Bem – FAB”, como gosta de chamar o grupo está ajudando a viabilizar para as eleições deste ano: “teremos uma chapa completa, uma opção para que está cansado da velha política”, aponta.

Embora a coligação vá lançar candidatos ao governo e a Senado, JC avisa que os candidatos proporcionais terão liberdade para votar em quem quiser. “Eu acredito que ninguém é dono do voto do povo. Cada um terá liberdade de pedir voto para o governador ou senador que quiser e o eleitor saberá escolher os melhores”, pondera.