Política

Arthur Lira ataca ministro Meirelles

O deputado alagoano reagiu às mudanças na Caixa com duras críticas

Por REDAÇÃO com www.edivaldojunior.com.br 21/01/2018 11h11
Arthur Lira ataca ministro Meirelles

Um suposto movimento para tirar Gilberto Occhi da presidência da Caixa Econômica Federal e a aprovação de mudanças no estatuto que restringem indicações políticas para a diretoria da instituição, irritaram o deputado federal Arthur Lira.

Líder do PP e um dos principais líderes do Centrão, o deputado federal alagoano reagiu às mudanças com duras críticas ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e ao presidente Michel Temer.

Veja os principais trechos da entrevista de Arthur Lira:

“E o Meirelles? Está na Fazenda porque fez concurso? Ele foi uma indicação política. A única coisa que ele fez foi disputar um mandato de deputado federal por Goiás, comprando voto numa cidade do Tocantins”.

“Quem quer aprovar a reforma da Previdência não faz uma coisa dessas”.

“Eles querem é demonizar a política. Qual o país do mundo vive sem política?”

“Quem tem que estar aperreado é o presidente Temer, que está sendo esvaziado, pois tiraram atribuição que era dele. […] Daqui a pouco Temer não indica mais ninguém”.

As declarações foram dadas ao blog do Camarotti, do G1. Veja:

Líder do PP explicita rebelião na base após restrição a indicações políticas na Caixa

O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), reagiu à aprovação do novo estatuto da Caixa Econômica Federal, que limita as indicações políticas para a diretoria do banco.

Em conversa com o Blog, Lira atacou o movimento da equipe econômica e disse que, na avaliação dele, a medida vai inviabilizar a aprovação da reforma da Previdência. “Quem quer aprovar a reforma da Previdência não faz uma coisa dessas”, observou.

Para Lira, o novo estatuto “mostra a vontade do Ministério da Fazenda e do Banco Central para tomar o comando da Caixa. Eles querem é demonizar a política. Qual o país do mundo vive sem política?”, questionou o deputado.

“E esse Conselho de Administração é indicado por quem? É indicado pelo Ministério da Fazenda, pela equipe econômica”, reagiu.

“Querem fazer da Caixa uma nova Petrobras. O problema é que a Caixa não se defende. E para tirar alguém, a imagem será denegrida. Isso não vou aceitar”, reagiu o deputado, que ressalvou não ter “compromisso com o malfeito”. “Quem errou é que pague”, disse.

Ele também criticou o argumento de que é preciso uma gestão técnica no banco. “Não venha de novo com essa de escolha técnica”.

Em seguida, ironizou a situação política do presidente Michel Temer, que segundo ele, saiu enfraquecido desse episódio.

“Quem tem que estar aperreado é o presidente Temer, que está sendo esvaziado, pois tiraram atribuição que era dele. […] Daqui a pouco Temer não indica mais ninguém”.

As declarações de Lira explicitam uma rebelião na base aliada com a definição de uma mudança ampla na composição da Caixa.

Para Lira, a estratégia da equipe econômica é atingir a imagem do banco estatal e com isso fazer a mudança completa na instituição.

Lira atacou diretamente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “E o Meirelles? Está na Fazenda porque fez concurso? Ele foi uma indicação política. A única coisa que ele fez foi disputar um mandato de deputado federal por Goiás, comprando voto numa cidade do Tocantins”, disparou o líder do PP.

O blog buscava contato com o ministro até a última atualização deste texto.

Líder de uma das maiores bancadas da base do governo, com 46 deputados em exercício, Lira também demonstrou contrariedade com o movimento mais amplo de mudar o comando da Caixa, inclusive o presidente do banco, Gilberto Occhi, indicado pelo PP.

“O que têm contra o Occhi para tirar o Occhi do comando da Caixa?”, reagiu. “Há movimentação de subterrâneo para depois colocar quem eles quiserem”.

Leia aqui, na íntegra:

https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2018/01/19/diante-de-novo-estatuto-da-caixa-lider-do-pp-parte-para-o-ataque-contra-meirelles-e-equipe-economica.ghtml