Política
Mudanças à vista no segundo escalão do governo por conta das eleições
Pelo menos três secretários vão deixar o governo de Renan Filho até o início de abril
Pelo menos três secretários vão deixar o governo de Renan Filho até o início de abril para disputar as eleições deste ano.
Cláudia Petuba (PCdoB) deixa a Secretaria de Esportes para tentar uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas.
Régis Cavalcante (PPS) deixa a Secretaria de Ciência e Tecnologia para disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados.
Luciano Barbosa deixa a Educação para disputar ainda não se sabe o quê. Pode sim ser a reeleição para o cargo de vice-governador, hipótese mais provável hoje, ou quem sabe uma vaga de deputado federal.
Tem mais? Sim. Ainda tem pelo menos um secretário que poderá deixar o cargo para concorrer as eleições deste ano. A decisão será anunciada após o carnaval.
As mudanças no governo não param por aí. Ao menos dois presidentes de empresas do segundo escalão deixam os cargos para disputar as eleições.
Judson Cabral, de malas prontas para trocar o PT pelo PDT, vai deixar a presidência do Serveal (Serviços de Engenharia de Alagoas) para tentar retomar o mandato na Assembleia Legislativa de Alagoas. Luiz Pedro, já filiado ao PRTB, deixa a presidência do Inmeq/AL para também tentar vaga de estadual.
As mudanças no governo, no entanto, não devem se restringir aos pré-candidatos.
O governador Renan Filho deve aproveitar para promover uma reforma administrativa que promete ser mais ampla no segundo escalão. O objetivo é contemplar melhor os partidos que já estão na base aliada e legendas que estão fora do grupo de RF, mas com disposição de “bater o martelo”.
Anote, vem surpresa por aí.
O caminho de volta
Após dois mandatos como deputado estadual, Judson Cabral não conseguiu se reeleger em 2014. Mas acredita que poderá chegar lá, de novo, graças ao novo momento político do país.
De esquerda, nome limpo e com um histórico de atuação que é reconhecido principalmente entre os eleitores mais escolarizados, Cabral aposta também na mudança de partido para ficar mais leve nas próximas eleições.
Depois de 33 anos no PT, a filiação ao PDT, a convite do deputado federal Ronaldo Lessa, faz parte de estratégia de fortalecimento do partido na disputa por vagas na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). O PDT deve ter outros nomes fortes na disputa, a exemplo do deputado estadual Inácio Loiola, que deve sair do PSB, assim que for aberta a janela partidária, em março deste ano.
Não foi difícil para Judson decidir pela filiação ao PDT. Ele lembra que o partido é de centro-esquerda, linha que sempre seguiu. Além disso, tem uma história com Ronaldo Lessa: “Um diálogo muito próximo, uma afinidade política acentuada e eu já fui superintendente de transportes dele; candidato a prefeito. O PDT à época foi quem indicou a vice. Sempre tivemos uma caminhada de muito entendimento e o Ronaldo tem me convidado, juntamente com outros integrantes do PDT”, aponta.