Política

O PSDB está travando o processo político em Alagoas, diz deputado

A indefinição do PSDB de Alagoas já começa a preocupar até mesmo os aliados do partido no estado.

Por Edivaldo Júnior 31/01/2018 14h02


Que tucano gosta de ficar em cima do muro, não é novidade. Mas a indefinição do PSDB de Alagoas já começa a preocupar até mesmo os aliados do partido no estado.

A demora na formação de uma chapa majoritária de oposição ao governador Renan Filho (MDB), que está sendo articulada pelo presidente do PSDB em Alagoas, Rui Palmeira, pode por tudo a perder. Literalmente.

O alerta é do presidente do PROS em Alagoas: “demorar pode até fazer parte da estratégia em determinado momento, mas os tucanos correm o risco de perder o timing do processo político em Alagoas”, aponta.

O deputado estadual Bruno Toledo, que deixou o ninho tucano, há dois anos, para assumir o comando o PROS em Alagoas avalia que o PSDB está emperrando definições importantes: “Acredito que Téo Vilela e o Rui Palmeira precisam se definir, enquanto ainda é tempo”, aponta.

Em parte, a preocupação de Bruno reflete o que se vê nas articulações políticas: o grupo de Renan Filho, que já tem chapa majoritária praticamente definida, está ganhando reforços, enquanto o grupo de oposição está desidratando.

Quintella para o Senado

Bruno Toledo está trabalhando para assegurar a participação do PROS no processo eleitoral. Nesse caminho, já esteve com o governador Renan Filho, no final do ano passado e, nessa segunda-feira, 29, se reuniu com o ministro dos Transportes e presidente do PR em Alagoas, Maurício Quintella. “Estamos aberto a alianças em cima de projetos para nosso Estado e não apenas de cargos”, pondera.

Em outras palavras, apesar de mais próximo aos partidos que forma a base de apoio do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB, PP, PR e DEM), Bruno não descarta aliança com outras forças – incluindo o grupo de Renan Filho.

O deputado do PROS diz que saiu do encontro com Quintella convencido de que ele, o ministro, será candidato ao Senado. “Senti o ministro com muita vontade de disputar uma vaga de senador. Falamos sobre isso e poderemos caminhar juntos”, adianta.

Quanto as chapas proporcionais, independente de lado, Toledo prefere compor um chapão: “uma chapa maior dá melhor condições de disputa em pé de igualdade. Nas eleições passadas, temos o exemplo do Léo Loureiro, que teve mais de 25 mil votos e não conseguiu entrar, porque foi para uma chapa menor. Se ele estivesse em outra chapa teria sido eleito”, aponta.