Política

PT ainda não fechou apoio a RF e deve priorizar eleição de Lula e Paulão

Quanto a disputa de deputado estadual, ao que parece a estratégia está bem mais definida

Por REDAÇÃO com www.edivaldojunior.com.br 16/03/2018 10h10
PT ainda não fechou apoio a RF e deve priorizar eleição de Lula e Paulão

O Partido dos Trabalhadores tem uma dinâmica própria, com instâncias democráticas de decisão. Se depender do presidente do diretório estadual, Ricardo Barbosa, o PT deve apoiar a reeleição do governador Renan Filho.

“Não é, no entanto, uma decisão simples. Temos vários grupos no partido e acredito que essa orientação deva prevalecer, mas só devemos avançar na aliança após as discussões internas”, aponta Barbosa.

No momento o que parece preocupar mais dirigentes do Partido dos Trabalhadores em Alagoas é assegurar um palanque para Lula (ou outro candidato do PT à presidência) e construir a participação do deputado federal Paulão numa coligação que viabilize sua reeleição.

Barbosa diz que após a “desistência” de Rui Palmeira, o partido precisa analisar o novo cenário. “A pressão será maior agora no grupo de Renan Filho. Com a saída de Rui Palmeira da disputa, o ‘chapão’ tende a crescer. A tendência é de engarrafar muito a candidatura para a Câmara dos Deputados”, analisa.

Barbosa acredita que vários candidatos do grupo que se reunia em torno do Rui Palmeira tendem a migrar para a base de Renan Filho.

“Seja lá qual for a candidatura (ao governo) que vai substituir o Rui, não vai ter viabilidade eleitoral, não vai ser uma candidatura que vai ter o estofo de se lançar para concorrer com chances e provavelmente virá como última manobra de salvação de uma chapa de deputado federal que já começa a implodir”.

Em outras palavras – embora Ricardo não tenha dito isso – é possível que Paulão procure, mesmo dentro do grupo de Renan Filho, uma opção ao chapão. O certo é que na disputa para a Câmara dos Deputados, o partido vai buscar uma coligação que viabilize Paulão.

Quanto a disputa de deputado estadual, ao que parece a estratégia está bem mais definida. O partido tem hoje um grupo de pelo menos 20 nomes, com perfil de 3 a 5 mil votos que seria suficiente para eleger de um a dois deputados: “devemos, como nas eleições anteriores, sair com chapa puro sangue. Acredito, que como na última eleição, temos potencial para eleger dois estaduais”, aponta Barbosa.