Política
Obra na casa de filha de Temer teria sido paga com dinheiro de propina
Ao menos 15 mandados estão sendo cumpridos, entre prisões e busca e apreensão
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (29), a Operação Skala, que prendeu o empresário e advogado José Yunes, o coronel João Batista Lima Filho e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (MDB), todos aliados do presidente Michel Temer, além do empresário Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, empresa que atua no Porto de Santos.
Segundo a PF, ao menos 15 mandados estão sendo cumpridos nesta quinta, entre prisões e busca e apreensão. As detenções foram autorizadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga Temer por suposto recebimento de propina em troca de benefícios a empresas do setor portuário via decreto.
De acordo com informações de O Globo, uma reforma feita em 2014 na casa da filha de Temer, Maristela Temer, pela arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do coronel Lima, está na mira dos investigadores. A suspeita é de que as obras tenham sido pagas com dinheiro de propina.
O imóvel está localizado no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e conta com 350 metros quadrados. Apontada por um dos fornecedores da obra como sendo a responsável por pagar a ele R$ 100 mil em espécie, Maria Rita foi intimada pelo ministro Barroso, na operação desta quinta.