Política

Se disputar governo, Rodrigo diz que não será para atender “anseios de terceiros”

Deputado estadual vem sofrendo pressões do grupo de Rui para aceitar ser candidato de oposição ao Palácio dos Palmares

Por Redação com www.edivaldojunior.com.br 17/04/2018 10h10
Se disputar governo, Rodrigo diz que não será para atender “anseios de terceiros”

O presidente estadual do PSDB prometeu apresentar o nome do candidato tucano ao governo até o próximo mês de maio. Rui Palmeira não deu pistas do “escolhido”, mas nos bastidores se sabe que o “grupo de oposição” aposta todas as suas fichas num só nome – o de Rodrigo Cunha.

Deputado estadual pelo PSDB, bem avaliado, Rodrigo pode disputar a Câmara dos Deputados e chegou a ser lançado para o Senado por Téo Vilela – quando Rui Palmeira ainda era pré-candidato ao governo - mas a sugestão não prosperou.

Se aceitar o desafio, Rodrigo poderá dividir o palanque com o senador Benedito de Lira (PP), que vai para a reeleição e com outros nomes mais tradicionais da política.

Não é, para ele, decisão fácil. Trocaria a possibilidade de uma eleição bem mais tranquila para deputado, por uma disputa em que teria pequenas chances de reverter o favoritismo do atual governador, Renan Filho (MDB).

Rodrigo avisa que está ponderando e ainda não chegou a uma decisão: “Uma decisão desse tamanho tem que ser bem ponderada. Meu nome foi colocado como opção para governo há menos de um mês. Eu entendo a ansiedade de todos, mas não tenho como decidir dar um passo tão importante de uma hora para outra, para atender os anseios de terceiros”, enfatiza.

Nas entrelinhas, o deputado tucano deixa claro que não vai ceder a pressões. E nem tem pressa de definir ou não uma candidatura ao governo. A ansiedade, ao que parece, é maior para quem está “precisando” de um palanque

Seja como for, o tucano emenda: “Venho construindo minha caminhada com independência e não quero e nem posso perder isso agora. Coragem não falta, mas ainda estou avaliando todos cenários possíveis, principalmente as candidaturas majoritárias”, diz.
“Meu compromisso maior é com a população e não com os políticos”, enfatiza.