Política
“Pressão” pelo segundo voto é natural, diz articulador do governo
A busca pelo segundo voto para o Senado é um dos temas preferidos do momento na política alagoana. Não é para menos. De prefeitos a candidatos a deputados, alguns aliados do governador Renan Filho (MDB) tem declarado apoio ao senador Benedito de Lira (PP) que faz oposição ao governo.
Existe sim uma “pressão natural”, admite um dos principais interlocutores de Renan Filho, na busca pelo segundo voto para Maurício Quintella (PP): “quem está na base do governo deve acompanhar todo o grupo”, pondera.
A “pressão”, aponta o interlocutor, no momento vem exercida na base do diálogo, do argumento: “o governador Renan Filho, assim como o senador Renan Calheiros, tem conversado com todos os seus aliados, mostrando que o grupo pode e deve eleger os dois senadores. E nesse sentido, é fundamental que todo o grupo esteja unido em torno da mesma chapa majoritária”, aponta.
A “pressão” pode aumentar na medida em que as convenções vão se aproximando. “No momento, o esforço é para definir as coligações proporcionais, além dos apoios, mas a tendência é que todos que estão no grupo estejam unificados no mesmo projeto”, pondera.
Segundo o interlocutor, o apoio a Maurício Quintella como segundo voto tende a crescer na medida em que a campanha começar: “ele é carismático, tem muito serviço prestado e já está conquistando apoio por onde passa. Acreditamos que é só uma questão de tempo para que os apoios comecem a acontecer naturalmente, sem a necessidade sequer de o governador está pedindo para que seus aliados votem nos dois candidatos do grupo ao Senado”, avalia.
Dobradinha improvável
Nos bastidores, muitos apostam numa eventual dobradinha informal entre os senadores Benedito de Lira e Renan Calheiros (MDB). Não é o que sinaliza o senador Renan, que tem repetido a vários aliados que a regra é o governador que vence a eleição ganhar junto com os dois senadores.
Amigos e aliados históricos dos Calheiros tem sido os primeiros a serem procurados para definir o segundo voto em Maurício Quintella.
Alguns casos muito específicos, no entanto, devem ser administrados. É o caso da família Pereira, que tem relação de parentesco e compromisso firmado com a reeleição de Benedito de Lira, antes mesmo de definir aliança com o grupo de Renan Filho. Nos demais casos, no entanto, o Palácio dos Palmares tende a “fechar o cerco”.