Política
RF vai enfrentar 3 candidatos a governador de oposição
Com diferentes perfis ideológicos, partidos lançam nomes para tentar impedir reeleição de RF
Rodrigo Cunha não será nem o primeiro, nem o último nome de oposição a surgir contra Renan Filho nas eleições deste ano. O deputado estadual tucano deve anunciar, ao lado do prefeito de Maceió e presidente do seu partido, o PSDB, Rui Palmeira, a decisão de disputar o governo ainda esta semana.
Antes dele outro nome já foi lançado. Trata-se de Josan Leite, do PSL, o “partido de Bolsonaro”. Com grande poder de mobilização, nas ruas e nas redes sociais, o grupo vem sendo “ignorado” por lideranças políticas tradicionais. O que é, certamente um erro. Tanto Josan quanto o presidente do PSL e pré-candidato ao Senado, o policial federal Flávio Moreno, vem tendo bons desempenhos em enquetes – chegando a liderar algumas amostragens.
O resultado de eleições em outros países, onde partidos mais à direita venceram as eleições, além da persistência de Bolsonaro em se manter entre os preferidos na disputa pela presidência, devem ser levados em conta em qualquer avaliação mais séria do cenário eleitoral.
Depois que Rodrigo Cunha anunciar que será candidato ao governo (embora exista também possibilidade dele disputar o Senado, embora menor), um novo nome deve se apresentar na disputa. Trata-se do professor Gustavo Pessoa, presidente do PSOL em Alagoas. Com perfil mais à esquerda, Pessoa já testou as urnas. Foi candidato a prefeito de Maceió em 2016 e teve um bom desempenho nos debates e entrevistas, tendo ficado em quarto lugar na votação, atrás de Rui Palmeira, Cícero Almeira e JHC. A decisão de Gustavo deve ser anunciada no próximo dia 15, quando o pré-candidato a presidente do PSOL, Guilherme Boulos, visitará Maceió.
Vai ter debate
Um detalhe que deve ser levado em consideração. Estes prováveis quatro candidatos deverão se enfrentar, cara a cara, nos debates eleitorais. Todos eles tem representação na Câmara dos Deputados suficientes para assegurar um lugar na “bancada”. Será, certamente, um teste mais duro para Renan Filho do que foi debater, nas eleições de 2014, com Benedito de Lira, Mário Agra e Coronel Goulart e Júlio Cesar.