Política

“A revolta é grande, o povo não quer saber nem de copa, nem de eleição”

Pré-candidato ao Senado, João Caldas (PSC) diz que a maior preocupação das pessoas é com as dificuldades econômicas

Por Redação com Jornal de Alagoas 01/06/2018 16h04
“A revolta é grande, o povo não quer saber nem de copa, nem de eleição”
João Caldas, pré-candidato ao Senado pelo PSC

Nem copa do mundo, nem eleição. Com experiência e trânsito na política alagoana e nacional, o ex-deputado federal e pré-candidato ao Senado, João Caldas (PSC), avalia que a agenda das ruas é outra. “Ninguém está nem aí para a seleção brasileira. O povo sacou que isso é uma indústria para vender CD, camisas...Ninguém está nem aí para a eleição. O povo está se lixando”, resume.

Para João Caldas, o que está pegando mesmo nas ruas são as agruras, o sofrimento: “é o valor do aluguel, da prestação, do material escolar, da mensalidade, a comida, a carestia e a falta de emprego e de oportunidade. A sociedade está em pânico. Tem muita panela emborcada”, afirma.

Pelas redes sociais, Caldas avalia que é possível entender melhor o que está movendo o brasileiro no atual momento: “é esta concentração de renda absurda, em que 3% da população tem mais do que todo o resto. Em Alagoas a concentração é ainda pior, com um 1% nadando em dinheiro e o resto do povo no sofrimento para sobreviver”, enfatiza.

Para caldas, o povo não quer saber eleição: “hoje o voto só está na agenda do político. É só ver na internet a indignação com os gastos com os salários dos políticos, com o auxilio moradia dos juizes, com os gastos do cartão corporativo. O povo quer saber de quanto bilhões é o rombo e tá tendo consciência de que esse dinheiro é dele, que tá lutando para sobreviver”, avalia

Apesar de traduzir o “sentimento” geral de que a Copa do Mundo não entrou ainda na agenda do povo brasileiro, Caldas acredita que de uma forma ou de outra a disputa vai terminar influenciando a agenda política e eleitoral. “Claro que o brasileiro vai acompanhar a seleção de futebol. Pode não ser igual as outras copas, mas claro que vamos todos torcer. Por isso mesmo que as principais decisões da política com vista as eleições devem ser tomadas no dia que o Brasil deixar a Copa, seja como campeão ou não”, pondera.