Política

Renan Calheiros faz crítica e diz que é preciso estancar a sangria dos supersalários

Isso tem que acabar. Isso é um acinte!, disse o senador, em discurso no plenário

Por Redação Jornal de Alagoas com Notícias ao Minuto 21/06/2018 11h11
Renan Calheiros faz crítica e diz que é preciso estancar a sangria dos supersalários
Jane de Araújo/ Agência Senado

Durante um discurso no plenário, nesta quarta-feira (20), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) cobrou a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto que regulamenta o teto dos salários do funcionalismo público. O político aproveitou para cobrar também um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre essa situação. 

O senador fez uso da mesma expressão que ficou famosa por ser dita pelo senador Romero Jucá (MDB-RR) sobre a Operação Lava Jato, dizendo que o STF precisava "estancar essa sangria" dos supersalários.

A Câmara de Conciliação da Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo um relatório sobre o pagamento de auxílio-moradia a juízes e promotores sem um acordo fechado, após três meses de negociação. O documento traz algumas propostas feitas nas reuniões, mas deixa para a Corte a decisão do que fazer. Foi diante dessa atitute que o senador decidiu se manifestar novamente. 

"Isso tem que acabar. Isso é um acinte! Promotor, ganhando R$ 100 mil, R$ 150 mil; juiz de primeira instância, em alguns Estados, ganhando R$ 200 mil. São notórios os casos. É preciso haver transparência. O Supremo Tribunal Federal tem que chamar o feito à ordem e estancar essa sangria, porque nós estamos com um déficit fiscal muito grande", declarou Calheiros.

"Em um momento de absoluta dificuldade fiscal, conviver com supersalários, ou com os Poderes ainda recebendo penduricalhos, é um horror", completou o político.

Engajado

Renan criou em 2016, quando ainda era presidente do Senado, uma comissão para elaborar projetos sobre o tema. Quase dois anos depois, as propostas ainda tramitam na Câmara.

Na semana passada, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), relator de um dos projetos, apresentou o seu parecer na comissão especial que discute o tema. Pela proposta, União e os Estados poderão economizar pelo menos R$ 2,3 bilhões ao ano com o fim de penduricalhos nos salários dos servidores.

No entanto, mesmo com esse dados, a votação não ocorreu.