Política
Collor declara que não se arrepende de confisco da poupança
O senador de AL afirmou que o confisco, implementado por seu governo, era uma necessidade absoluta
Em uma entrevista concedida à Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (13), o ex-presidente do Brasil, atual senador de Alagoas e pré-candidato à Presidência da República, Fernando Collor de Mello (PTC) declarou que o confisco das cadernetas de poupança implementado por seu governo "era uma necessidade absoluta" e que "faria do mesmo jeito" se tivesse que voltar àquele momento.
"Era uma necessidade absoluta. Se voltando àquele momento, faria do mesmo jeito. Tem a questão do próprio impeachment, que é uma coisa interessante", revelou.
"O que houve foi um bloqueio do dinheiro que circulava na economia. A inflação estava em 82% ao mês. Havia instrumentos de especulação financeiros danosos, tínhamos que criar um ambiente em que pudéssemos fazer um congelamento de preços, que é algo terrível, uma medida que a gente deve evitar o quanto possível", completou Collor.
Eleições 2018
O senador alagoano disse ainda que continuará com a pré-candidatura à presidência da República, mesmo tendo baixíssimo índice de intenção de votos (cerca de 1%) e alta rejeição. "Continuo pré-candidato à Presidência da República. Não cheguei a pensar em nenhum momento em desistir. Continuo nesse trabalho de mostrar que minha pré-candidatura é uma alternativa que achei por bem colocar dentre os quadros dos pré-candidatos que estão postos", afirmou.
Perguntado sobre o que pensa sobre a prisão do ex-presidente Lula, Collor disse considerá-la uma "injustiça". "Foram cometidas injustiças em relação a ele. Eu acho, eu acho, eu acho, eu acho. Injustiças. O processo como um todo. Ele está sendo muito penalizado e isso eu não acho bom, sabe?", finalizou.