Política

Parlamentares desejam aumentar o salário de R$ 33,7 mil para R$ 38 mil

Não é apenas entre investigados da Lava Jato que há expectativa quanto à chegada do ministro Dias Toffoli

Por Redação JAL com O Estadão 16/07/2018 16h04
Parlamentares desejam aumentar o salário de R$ 33,7 mil para R$ 38 mil
Reprodução/Internet

Vem crescendo no Congresso uma articulação para aumentar os salários dos deputados e dos senadores para a próxima legislatura. No debate temos alguns ministros do Supremo insatisfeitos com a decisão da presidente da Corte, Cármen Lúcia, de não propor aumento novamente para o próximo ano, conforme publicado pela colunista Andreza Matais, do jornal eletrônico O Estadão. 

A proposta é passar o teto constitucional dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 38 mil. O reajuste de R$ 4,3 mil é justamente o valor do auxílio-moradia, que seria incorporado aos vencimentos dos magistrados.

Até então o último aumento do teto constitucional foi aprovado em dezembro de 2014, quando o salário de ministros do STF subiu de R$ 29,4 mil para R$ 33,7 mil. O Congresso quer colocar o reajuste em votação após as eleições, quando vencerem nas urnas.

Não é apenas entre investigados da Lava Jato que há expectativa quanto à chegada do ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo. Servidores também apostam que Toffoli irá se diferenciar da atual presidente da Corte, Cármen Lúcia, com uma gestão mais corporativista.

Segundo a jornalista, muitas demandas da magistratura estão sendo reprimidas à espera da chegada de Toffoli, em setembro. Entre elas, a criação de cinco Tribunais Regionais Federais. Cármen Lúcia chegou a pautar o tema neste mês, mas o relator Luiz Fux solicitou a retirada.

Os cabeças pretas do PSDB, grupo formado pela ala jovem do partido, apostam que, se o presidenciável Geraldo Alckmin os tivesse acompanhado lá atrás, poderia estar melhor nas pesquisas eleitorais.

Esses congressistas dizem acreditar que o candidato perdeu a chance de se isolar dos episódios com o senador Aécio Neves e ainda se indispôs com figuras capazes de ajudá-lo a crescer, como Tasso Jereissati. O grupo tentou expulsar Aécio do partido.

Escolhido pelo PT para coordenar a campanha presidencial do partido, o ex-ministro Ricardo Berzoini está em pé de guerra com o tesoureiro Emídio de Souza pelo controle dos recursos do fundo eleitoral, finaliza a colunista.