Política
Tereza Nelma diz não reconhecer Collor como "candidato do partido"
A candidata à deputada Tereza Nelma entrou com uma ação contra o candidato a governador Fernando Collor. Segundo ela, a inserção eleitoral foi foi invadida autoritariamente por propaganda do candidato a governador, Fernando Collor. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Tereza disse que “não reconhece Collor como candidato do meu partido”.
Conforme informações da assessoria, o programa, divulgado nesta segunda feira (3), estava acompanhado de atestado de qualidade, de acordo com as normas técnicas da emissora, em formulário padrão do Tribunal Superior Eleitoral, com a declaração de que, se aprovado tecnicamente, não poderia ser modificado. Foi recebido, testado, e o documento de recepção assinado. Na ação, Tereza Nelma requer isonomia, como outros candidatos que não tiveram seus programas invadidos.
Como possibilita a legislação, Tereza incluiu no programa seu candidato majoritário a senador Rodrigo Cunha e divulgou nas redes sociais sua indignação contra a invasão de seu programa.
“Não tenho ilusões sobre políticas ultrapassadas. Mas pelo menos vou exigir isonomia, até à última instância, de meu direito constitucional de opinar e divulgar minhas propostas. Aceitar cabresto de qualquer político seria negar minha vida em defesa das minorias”, enfatiza Tereza Nelma.
Tereza considera que Fernando Collor tem todo o direito de concorrer a qualquer cargo, de acordo com a atual legislação. Mas também tem o direito de não votar nele, nem em seu vice, cujos nomes não foram aprovados nem pela Executiva do PSDB, nem muito menos pela “convenção”, que todos sabem como aconteceu.
“Essa posição não é pessoal, mas política. Inclusive, a candidatura de Collor foi rejeitada publicamente pelo ex-governador Théo Vilela e criou dificuldades para a campanha de Geraldo Alkmin a presidente”, disse Tereza.
Ainda de acordo com a assessoria, a candidata tentou junto à Secretaria Geral do PSDB, várias vezes, saber quem responde pelo partido junto à coligação, pois não há essa informação na ata, que também não autoriza o uso coletivo do tempo do PSDB.
Em nota, a assessoria disse que até agora não informaram ainda quem seria o responsável pelos programas eleitorais do partido. A resposta única era: não sei. “Depois remeteram, verbalmente, para uma senhora que até hoje se nega a fornecer a ata de sua indicação, o plano de mídia dos candidatos, os critérios usados para estabelecer as entradas dos candidatos e seu rodizio na programação da coligação. Recusou-se até mesmo a fornecer o nome da produtora”, explica a nota.