Política
Só dois candidatos tem mais votos que abstenção, nulos e brancos em AL
A julgar pelos números oficiais do TSE, o alagoano foi às urnas no 1o turno, no dia 7 de outubro, mais por obrigação que empolgação.
Do total de 2.187.948 eleitores do estado, um a cada cinco ou 494.445 simplesmente não compareceram às urnas.
A abstenção em Alagoas chegou a 22,6%, a maior do Nordeste e terceira maior do Brasil (atrás do MT, com 24,6% e RJ com 23,6%), acima da média nacional, que ficou em 20,20%.
Se considerada a soma de nulos e brancos, quase 30% dos alagoanos deixaram de votar para presidente, 31,68% não votaram para deputado estadual, 33,33% não votaram para deputado federal, 40,53%% não votaram para senador e 40,81% deixaram de votar para governador.
Em números absolutos, a soma de abstenção, brancos e nulos foi de: 892.865 votos para governador; 652.202 para presidente, 1.773.412 para senador (considerando os dois votos); 729.274 para deputado federal e 692.128 para deputado estadual.
Apenas dois candidatos conseguiram superar a soma de brancos e nulos em Alagoas: o governador Renan Filho (MDB), eleito com 1.001.053 votos (77,30% dos válidos) e o candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, que disputa o segundo turno, que teve 687.247 (44,75% dos válidos).
Fora Renan Filho e Haddad, o senador eleito Rodrigo Cunha (PSDB), com 895.738 (34,42% dos votos válidos) foi o único que conseguiu superar apenas a soma de nulos e brancos (que na disputa para o Senado chegou a 783.266).
O deputado federal JHC (PSB), apesar da votação expressiva não conseguiu superar a soma de nulos e brancos. Na disputa de deputado estadual, Jó Pereira (MDB), que foi a mais votada também não conseguiu superar a votação, nem de nulos, nem de brancos.
Recado do eleitor
No caso de Alagoas a falta de disputa na principal eleição do estado – a de governador – parece ter contribuído para o alto número de abstenção, nulos e brancos. Não fosse o acirramento da disputa presidencial e a batalha pelos votos proporcionais, o resultado poderia ter sido pior.
Fica a dica. Não basta só levar o eleitor à urna. É precisar dar uma motivação para o voto.
Abstenção no Brasil
Quase 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas no dia 7 de outubro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nível de abstenção, de 20,2%, é o mais alto desde as eleições de 1998, quando 21,5% do eleitorado não votou.
No país, a maior abstenção foi no Mato Grosso, com 24,6%. A maior do Nordeste e terceira maior do país foi a de Alagoas, com 22,6%.
Recomendo este texto do G1: Abstenção atinge 20,3%, maior percentual desde 1998